Grupos de baleias jubarte escapam da ameaça de extinção

A maioria das populações de baleias jubarte foi retirada da lista de espécies em ameaça de extinção, na qual haviam sido incluídas há quase meio século quando registravam um nível historicamente baixo devido à caça.

Este status, atribuído aos animais em risco, não se justifica mais para nove de quatorze populações destes cetáceos que existem no mundo, anunciou a NOAA (Agência Americana Oceânica e Atmosférica). O anúncio foi feito em julho deste ano. 

Contudo, quatro populações permanecem na lista dos animais em risco de desaparecer e uma foi recolocada na relação de ameaçados. 

"Esta decisão marca um verdadeiro sucesso ecológico", declarou em um comunicado Eileen Sobeck, administradora adjunta do serviço de pesca do NOAA.

"As baleias, entre as quais estão as jubarte, têm um papel muito importante dentro de nosso sistema marinho", acrescentou Sobeck. Ela diz que acompanhar as populações de baleias de maneira independente "permitiu à NOAA adaptar suas ações de proteção de acordo com as necessidades de cada uma delas".

A caça comercial reduziu notoriamente o número de baleias jubarte, cuja população registrou seus níveis mais baixos na década de 1960.

Em 2015, a NOAA havia proposto retirar 10 das 14 populações da lista de espécies em risco e abrir um período de consulta pública antes de chegar a esta decisão.

Fora da lista vermelha

A IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) também modificou, em 2008, o status da baleia jubarte. Antes considerada "vulnerável", classificação que fazia o animal figurar na lista vermelha de animais sob ameaça de extinção, sua categoria passou a ser de "pouco preocupante". A nova classificação, destinada a espécies abundantes e amplamente distribuídas, tira a baleia jubarte da lista vermelha. 

Segundo a IUCN, o risco mais baixo de extinção associado à baleia jubarte deve-se ao crescimento da população da espécie, que alcançou mais de 60 mil animais. Uma mudança de critérios para a classificação de vulneráveis ocorrida em 2008 também justifica a reclassificação do risco. Contudo, a população da baleia jubarte ainda fica abaixo de 50% da que existia em 1940, ano base usado para comparação.