Topo

Demanda por carvão aumenta no mundo e dificulta combate ao aquecimento global

14.jun.2013 - A Austrália é a maior emissora de gases de efeito estufa per capita do mundo por causa da dependência do carvão para produzir energia, apesar de ser responsável por 1,5% das emissões globais. O país, no entanto, já aprovou uma lei para taxar as emissões de carbono. Acima, estrada próxima a cidade de Lithgow leva a usina termoelétrica movida a carvão  - Daniel Munoz/Reuters
14.jun.2013 - A Austrália é a maior emissora de gases de efeito estufa per capita do mundo por causa da dependência do carvão para produzir energia, apesar de ser responsável por 1,5% das emissões globais. O país, no entanto, já aprovou uma lei para taxar as emissões de carbono. Acima, estrada próxima a cidade de Lithgow leva a usina termoelétrica movida a carvão Imagem: Daniel Munoz/Reuters

Em Paris

18/12/2018 09h51

A demanda por carvão voltou a aumentar no ano passado e também deve crescer em 2018, revela um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) publicado nesta terça-feira.

"Muito discurso e pouca mudança", denuncia a AIE em seu relatório anual sobre o estado desta energia fóssil, a que mais gases de efeito estufa produz.

Após dois anos de queda, o consumo mundial de carvão voltou a aumentar no ano passado (1%) e a produção de eletricidade a partir do carvão cresceu 3%.

Isto se explica pela recuperação do crescimento mundial e do consumo de eletricidade, onde o carvão responde por 38%.

O relatório da AIE, publicado logo após a 24ª Conferência da ONU sobre o Clima (COP24) na Polônia, confirma que o mundo resiste em realizar as mudanças necessárias na luta contra a mudança climática.

"Apesar da importante atenção dada pelos meios de comunicação" contra o carvão, as tendências do mercado resistem à mudança", destaca a AIE.

A agência prevê que o consumo se mantenha estável nos cinco próximos anos, com um retrocesso na Europa e nos Estados Unidos, que será compensada com um avanço na Índia (4% anual) e em outros países asiáticos.

Em 2023, o carvão seguirá proporcionando 25% da energia consumida no planeta, contra os atuais 27%.