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Amazônia: desmatamento sobe 80% em setembro comparado ao mesmo mês de 2018

Fumaça tinge de cinza o céu de Apuí, no sul do Amazonas, região que registrou avanço de desmatamento nos últimos meses - Bruno Kelly/Reuters
Fumaça tinge de cinza o céu de Apuí, no sul do Amazonas, região que registrou avanço de desmatamento nos últimos meses
Imagem: Bruno Kelly/Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/11/2019 11h55

Dados preocupantes do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), ferramenta de monitoramento que faz parte do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), foram divulgados na manhã de hoje: a Amazônia perdeu 802 km² de floresta no último mês de setembro

Este índice representa um aumento de 80% em relação ao mesmo mês de 2018, quando foram detectados 444 km² de área desmatada.

Neste levantamento, o estado que mais sofreu com o desmatamento foi o Pará (53%). Rondônia (13%), Amazonas (11%), Acre (11%), Mato Grosso (10%) e Roraima (2%) completam a lista.

Segundo o Imazon, a degradação na denominada Amazônia Legal também aumentou: em setembro deste ano, 1.233 km² de floresta foram degradados, número 787% maior quando comparado a setembro do ano passado, quando a área degradada foi de 139 km².

Neste quesito, Mato Grosso (55%) foi o estado líder na degradação. Na sequência, surgem Pará (33%), Rondônia (6%), Acre (3%) e Amazonas (3%).

O Imazon classifica desmatamento como o "processo de realização do corte raso, que é a remoção completa da vegetação florestal. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto".

Para o instituto, por sua vez, a "degradação é caracterizada pela extração das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira. Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais, que podem ser causados por queimadas controladas em áreas privadas para limpeza de pasto, por exemplo, mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando".