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MPF vai investigar origem da poluição do Rio Araguaia, no MT

As principais suspeitas são a unidade da JBS/Friboi em Barra do Garças e a Estação de Tratamento de Esgoto no município - Getty Images
As principais suspeitas são a unidade da JBS/Friboi em Barra do Garças e a Estação de Tratamento de Esgoto no município Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

29/07/2020 17h14

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou ontem um inquérito civil público para apurar o despejo de poluentes na parte mato-grossense do Rio Araguaia.

As principais suspeitas são a unidade da JBS/Friboi em Barra do Garças e a Estação de Tratamento de Esgoto no município. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram um líquido de coloração escura e com espuma sendo despejado às margens do Rio Araguaia, supostamente vinda do frigorífico.

Outras imagens mostram a instalação de uma nova tubulação para despejo diretamente no leito do rio, de forma a deixar a poluição menos perceptível.

O MPF foi ao local com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) e a Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec), e constatou as irregularidades.

De acordo com os procuradores, entre a data das filmagens e a data da visita, a JBS/Friboi alterou o local de lançamento dos dejetos.

Em comunicado, a JBS afirmou que "cumpre com a legislação e está devidamente licenciada pelos órgãos ambientais desde 2015". Leia a nota completa:

"A JBS cumpre com a legislação e está devidamente licenciada pelos órgãos ambientais desde 2015 para que, em função do período de estiagem e consequente baixa no volume de agua do Rio Araguaia, possa utilizar um novo ponto de lançamento de efluentes, conforme parecer técnico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso (SEMA-MT). A empresa esclarece que monitora mensalmente a qualidade de seu efluente final e está em plena conformidade com os parâmetros legais. Esse monitoramento é realizado em laboratório credenciado pelo INMETRO, se estende às condições do Rio Araguaia e os resultados são protocolados a cada quatro meses na SEMA-MT. A empresa se mantém e coloca as informações à disposição dos órgãos competentes."