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Recife de coral mais alto que o Empire State é descoberto na Austrália

Imenso recife de coral descoberto na Grande Barreira de Corais da Austrália - Dean Miller/Schmidt Ocean Institute/Divulgação
Imenso recife de coral descoberto na Grande Barreira de Corais da Austrália Imagem: Dean Miller/Schmidt Ocean Institute/Divulgação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/10/2020 14h36

Um recife de coral mais alto do que o Empire State Building, famoso arranha-céu de Nova York, foi descoberto por cientistas na Grande Barreira de Corais da Austrália. O achado é o primeiro do tipo nos últimos 120 anos, anunciou ontem o SOI (Schmidt Ocean Institute).

O ecossistema marinho recém-descoberto mede até 500 metros de altura, com trecho de profundidade mínima de 40 metros. Isso o faz ser mais alto do que o Empire State Building, já que o edifício nova-iorquino tem 381 metros.

O recife é também mais alto de que a Sydney Tower (mede 305 metros de altura) e as Petronas Twin Towers, de Kuala Lumpur, na Malásia (452 metros). O ambiente marinho possui uma base "semelhante a uma lâmina", que se estende por até 1,5 quilômetros de largura.

Ele foi avistado pela primeira vez no dia 20 de outubro, por cientistas australianos a bordo do navio de pesquisa Falkor, do SOI. A embarcação está atualmente percorrendo uma expedição de um ano no oceano ao redor da Austrália.

No dia 25 de outubro, os pesquisadores finalmente voltaram à região utilizando um robô subaquático SuBastian para explorar o novo recife e mapeá-lo em 3D. O mergulho teve transmissão ao vivo pelo Youtube e o vídeo foi postado no canal do SOI.

Robin Beaman, que liderou a empreitada, afirmou em comunicado que ficou "surpreso" com a descoberta. "Não só mapear o recife em 3D em detalhes, mas também em ver visualmente essa descoberta com SuBastian [o robô aquático] é incrível", disse o cientista.

Já a co-fundadora do SOI, Wendy Schmidt, sinalizou que a busca em ambiente oceânico é contínua. "O estado de nosso conhecimento sobre o que há no oceano é muito limitado. Graças às novas tecnologias que funcionam como nossos olhos, ouvidos e mãos no fundo do oceano, temos a capacidade de explorar como nunca antes", disse.