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Polícia descobre garimpo ilegal, prende 8 suspeitos e queima balsas; veja

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

26/01/2022 09h13

A Polícia Militar de Goiás, em ação conjunta com Comando de Operações do Cerrado, prendeu ontem oito suspeitos de prática de garimpo ilegal no rio Corumbá, no município de Pires do Rio. Durante a operação, a polícia incendiou duas balsas usadas pelos supostos criminosos.

No local, foram apreendidos celulares, uma balança de precisão e porções de drogas. Os nomes dos suspeitos não haviam sido divulgados até a última atualização desta reportagem.

Oito pessoas são presas suspeitas de garimpo ilegal no Rio Corumbá, em Goiás. Polícia queimou embarcações - Reprodução/PMGO - Reprodução/PMGO
Oito pessoas são presas suspeitas de garimpo ilegal no Rio Corumbá, em Goiás. Polícia queimou embarcações
Imagem: Reprodução/PMGO

A PM informou que, por se tratar de extração ilegal de minérios, todos os presos foram apresentados à Polícia Federal no Estado. Os suspeitos eram do Tocantins, Mato Grosso e Rondônia, segundo a corporação.

Os suspeitos foram localizados, em Pires do Rio, depois de a polícia receber denúncia de que duas dragas estavam trafegando de forma ilegal na região.

Segundo a Polícia Ambiental, no momento da abordagem os suspeitos descartaram o ouro, lançando o material no rio.

Impacto do garimpo ilegal

Além de ser uma prática criminosa, a extração de minérios dos rios provoca danos ao ecossistema e, consequentemente, ao ser humano. Entre os impactos ambientais estão:

  • contaminação da água com metais pesados;
  • redução do oxigênio dissolvido nos ecossistemas aquáticos;
  • aumento da turbidez da água devido ao contato com produtos químicos;
  • variação da qualidade da água.

Na prática, as embarcações de garimpos ilegais remexem o fundo do rio. O solo é destruído com escavadeiras e jatos de água. A lama criada nesse processo é filtrada para ser recolhidos os minérios como o ouro.

Para separar os sedimentos do ouro são adicionados mercúrio, cianeto e arsênio. O mercúrio forma um amálgama com o ouro e a lama contaminada com o resíduo é descartada no meio ambiente.

Esse mercúrio, em contato com o ecossistema, afeta as águas, a fauna e a flora aquática, além da saúde do homem.

No fim do ano passado, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, informou que a Polícia Federal (PF) e a Marinha do Brasil preparam operações para combater o garimpo ilegal, o que prevê a abordagem das embarcações e o levantamento da situação legal delas, com a apreensão das que estiverem irregulares.