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Serviço secreto da Ucrânia investiga feministas que fazem topless

Benjamin Bidder

Em Kiev (Ucrânia)

A rádio “The Rock” é a mais amada da Nova Zelândia, apesar de não ser necessariamente a mais sofisticada. “Música é a úNICA coisa que levamos a sério”, diz o apropriado slogan da estação. Recentemente, “The Rock” ofereceu aos seus ouvintes a chance de ganhar uma viagem de férias exóticas no Leste da Ucrânia. Além de 12 diárias, o prêmio incluía 2.000 dólares neozelandeses em dinheiro. O grande prêmio, contudo, tinha que ser escolhido no local pelo próprio vencedor: uma esposa. “Ganhe uma viagem para a bela Ucrânia”, anunciava o concurso, “e encontre uma europeia oriental quente com quem talvez um dia você se case”. O logotipo do concurso era o rosto de uma bela loura, com o cabelo adornado por uma faixa vermelha, da qual pendia uma etiqueta, como se ela fosse um presente de Natal. Um homem forte de 30 e poucos anos, Greg, ganhou o concurso. Em um questionário, Greg disse que está procurando uma parceira, “alguém para compartilhar tudo, inclusive a intimidade”. Ele também revelou que toma banho diariamente. O neozelandês está de viagem marcada via Moscou para Donetsk, capital regional do Leste da Ucrânia. Minas de carvão e uma indústria pesada deixaram muito ricos alguns dos oligarcas da região, mas a maioria da população vive na pobreza. Muitas mulheres aqui sonham com uma vida melhor em Kiev ou no Ocidente, e muitas caem na armadilha de falsas promessas e acabam se prostituindo em bordeis. Algumas agências de viagens oferecem “excursões românticas” para o Leste da Ucrânia, em alemão e em inglês. Em Kiev, enquanto isso, cafetões ligam para os quartos de hotéis de hóspedes estrangeiros para oferecer “bons momentos com uma garota”. De acordo com uma pesquisa, 70% das estudantes na capital foram abordadas ao menos uma vez por um estrangeiro oferecendo dinheiro por sexo.

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