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Da prisão à jihad: islamitas buscam recrutas entre presos alemães

Lisa Schnell

O sol do fim da tarde ilumina os 18 homens através das grades da janela. Eles usam camisetas vermelhas e calças pretas. Alguns cutucam o ombro dos outros por puro tédio, enquanto outros descansam em grupos no canto do cômodo grande. Os homens falam turco, árabe e alemão. Um deles fica olhando pela janela para o pátio da prisão. Um homem com barba cheia e um turbante violeta passa na frente dos prisioneiros, com a roupa de linho listrada e colorida esvoaçando atrás. Hasamuddin Meyer desenrola seu tapete de oração e começa a rezar. Balançando-se para frente e para trás, ele parece quase estar cantando os versos árabes. Os homens ficam parados em silêncio em duas fileiras na frente de Meyer, com as costas eretas e olhos fixos à frente. Então eles se ajoelham, baixando suas cabeças até a testa torcar no chão. Eles repetem isso de quatro a cinco vezes antes de cantar "Allahu akbar", Deus é grande. Meyer faz um gesto com a mão e os prisioneiros formam um semicírculo em torno dele para ouvi-lo contar uma história do Corão. Ninguém interrompe.

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