Público reclama e Globo estuda cortar tramas de "Salve Jorge"

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin

Até aqui a novela das 21h com a pior média de audiência desde o ano 2000, "Salve Jorge" pode sofrer alterações profundas já nas próximas semanas, por determinação da direção de dramaturgia da Globo. O fato é que a emissora não pretende deixar o barco afundar em plena faixa nobre, após o sucesso de "Avenida Brasil". Para isso, tem realizado as famosas pesquisas com telespectadores cujo objetivo é identificar o motivo do Ibope estar decepcionando.

Em seu primeiro mês no ar, "Salve Jorge", de Gloria Perez, tem registrado em torno de 30,5 pontos de média. Embora permaneça na liderança isolada, isso não é suficiente para os elevados níveis de exigência da Globo.

Comparada com "Avenida Brasil", a média até aqui representa cinco pontos a menos (-14%), e em relação a "Fina Estampa", de Aguinaldo Silva, são oito pontos a menos no mesmo período,  na Grande São Paulo - onde cada ponto equivale a 60 mil domicílios  sintonizados.

As primeiras pesquisas junto a grupos de telespectadores comuns apontam excesso de personagens, excesso de tramas paralelas e alguns temas repetidos, além de os mocinhos Nanda Costa (Morena) e Theo (Rodrigo Lombardi) ainda não terem emplacado no gosto popular.

A novela tem em torno de 80 personagens, boa parte deles habitué das tramas da novelista, que sempre tem um papel para os amiguinhos.

Cabe lembrar que parte da direção da Globo foi contra até o nome escolhido para a novela, "Salve Jorge", mas venceu Glória Perez, que não arredou pé.

Quem é Legal

"Jornal do SBT - Edição Manhã"

Enfim uma edição atualizada de telejornal matinal no SBT. Para uma emissora do tamanho da de Silvio Santos, pegava muito mal ficar usando todas as manhãs um noticiário desatualizado produzido na noite anterior. Ponto para o bom jornalismo.

Quem Irrita

Nome do mascote da Copa

Desculpem, mas Fuleco é nome de mascote que se preze? E dizer ainda que é uma "combinação", uma espécie de "anagrama" que une "futebol" e ecologia? E fazer isso justo com os pobres tatus-bola, que são dizimados por caçadores em todo o país sob as barbas de Ibama, Polícia Federal e Florestal?  E não me venham dizer que a palavra tatu e tatu-bola tinham restrições de direitos autorais, já que a natureza brasileira aos brasileiros pertence. A verdade é que, em matéria de mau gosto, a Fifa, a CBF e sua legião de velhotes dirigentes é insuperável.

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.

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