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Aplicativos de compartilhamento ajudam a driblar serviços ruins e preços altos

Especial para o UOL

19/09/2014 06h00

A economia da inovação está transformando o mundo. Novas tecnologias, que promovem o compartilhamento e a flexibilidade, estão criando oportunidades de emprego, reduzindo custos e criando formas mais simples de se fazer as coisas.

Ao promover o transporte sob demanda, disponível para qualquer pessoa ao toque de um botão, a Uber Technologies está ajudando a resolver o problema de mobilidade urbana nas maiores cidades do mundo.  E é por isso que temos sido recebidos de braços abertos por milhares de motoristas e milhões de passageiros nas 200 cidades onde já estamos presentes.

A inovação, por definição, é algo novo, diferente e inesperado. Em contraste, muitas leis e regulamentações em São Paulo foram escritas antes da invenção dos smartphones, da internet e até mesmo dos computadores.

Portanto, não é de se surpreender que a economia tradicional dependente de regras antigas demore um pouco para se adaptar. Mas nós esperamos que o governo municipal reconheça que estamos no início de uma nova e empolgante era digital. E que ele esteja disposto a discutir regulações modernas e de senso comum que abracem a tecnologia e o impacto positivo que estas inovações têm na vida dos brasileiros.

As confusões e a falta de entendimento sobre esse modelo de negócios também não nos surpreendem: serviços inovadores não se encaixam em categorias tradicionais.  Não se trata de uma empresa de “caronas pagas”. Também não é uma empresa de táxi, tampouco uma companhia de transporte. Não somos proprietários de nenhum veículo e não empregamos motoristas. Nada mais somos do que uma plataforma tecnológica que conecta dois públicos já existentes: os motoristas em busca de novos negócios e os passageiros em busca de uma experiência premium que seja rápida e segura.

Assim como outras companhias da economia da inovação, estamos promovendo uma ruptura em mercados que não atendem demandas e expectativas. Os brasileiros estão cansados de preços altos e serviços ruins.

Empresas semelhantes estão obtendo sucesso não por receberem favores do governo, mas simplesmente porque oferecem um serviço melhor às pessoas no seu dia a dia e melhores oportunidades econômicas para os motoristas. Ou, dizendo de maneira simples, o modelo faz sucesso porque os paulistanos gostam muito do serviço.

É normal que empresas que dependem de modelos de negócios antigos e monopólios garantidos por lei frequentemente se oponham às novas tecnologias. Mas em cidades ao redor do mundo, milhões de cidadãos têm se beneficiado com as melhores escolhas promovidas por essas tecnologias e têm apoiado essa mudança. Com isso, regulamentações já se modernizaram em cidades como Nova York e Londres.

Este ainda é só o começo de uma grande revolução na mobilidade urbana.  Na Califórnia, já começamos a testar um serviço de compartilhamento de viagens entre pessoas com origens e destinos semelhantes. Recentemente, um estudo realizado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e pela Universidade de Cornell apontou que cerca de 95% das viagens urbanas poderiam ser compartilhadas, reduzindo o tempo desperdiçado no trânsito em mais de 30%.

À medida que as tecnologias de internet tornarem o compartilhamento mais fácil, o custo do transporte privado pode até mesmo se aproximar ao de uma passagem de ônibus. As possibilidades – e melhorias na qualidade de vida – que tais avanços tecnológicos podem trazer à mobilidade urbana são infinitas.

Os paulistanos reclamam do trânsito, da violência e da dificuldade de se conseguir fazer o que tem que ser feito em uma cidade como a nossa. Nós sabemos que essa situação existe há muito tempo e ninguém está satisfeito com isso.

Por outro lado, as tecnologias do século 21 estão mudando o mundo e têm o potencial de tornar nossas vidas mais fáceis e seguras. São Paulo deve agarrar essas mudanças e se envolver com elas. Caso contrário, será deixada para trás.

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