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Perdeu nas ações? Recupere na renda fixa

Especial para o UOL

11/02/2015 06h00

O resultado dos investimentos em ações tem sido amargo para aqueles que, anos atrás, se entusiasmaram com  os números da Bolsa. Porém, como eles não acompanharam atentamente as notícias e relatórios sobre as empresas, principalmente no passado recente, acabaram perdendo dinheiro.

Aqui não falo de uma ação específica, tão pouco do investidor que montou sua carteira de blue chips (papéis com alta liquidez) na década de 1970. Falo sim àqueles que entraram nesse investimento acompanhando a onda do investment grade (alcançado pelo Brasil em 2008), ou os fóruns gráficos que, em geral, propagam as grandes tacadas vencedoras, mas nunca (ou raramente) os movimentos perdedores.

Como diz o ditado, "para baixo todo santo ajuda". Perder 5%, 10% ou 30% sempre será mais fácil  do que ganhar os mesmos percentuais sobre o valor investido.

Porém, nem tudo está perdido. Aos que, após a perda, entram em desânimo e pensam "agora largo o dinheiro lá até que volte a subir", sugiro que não deixem o emocional falar mais alto. Sejam frios e técnicos.

Certamente podem acelerar a recuperação sem que precisem especular ou arriscar ainda mais. Como? Basta usar a renda fixa turbinada para isto.

Um exemplo: quem perdeu 10% em um investimento não basta ganhar os mesmos 10% sobre a nova quantia para voltar ao valor inicial. Ou seja, se você investiu R$ 1.000,00 e perdeu 10%, terá 900,00. Para voltar aos U$ 1.000,00 iniciais seus R$ 900,00 terão que render 11,11% pois, se rendessem 10% chegaria somente a R$ 990,00.

Fica mais claro quando a perda é ainda maior. Investiu R$ 1.000,00 e perdeu 50% , está agora com  R$ 500,00 para retornar aos R$ 1.000,00 terá que render 100%. Ou seja, subir a ladeira exige planejamento, técnica e tempo. Mas com certeza você chegará lá.

Por isso, preparei a tabela abaixo com rentabilidades em aplicações em renda fixa, já descontadas de IR, que são muito comuns nos dias de hoje. Basta procurar na instituição correta. Todas as rentabilidades mencionadas são de produtos financeiros cobertos pelo fundo garantidor de crédito (FGC) e, portanto, com a mesma segurança da caderneta de poupança.

Opinião - Mauro Calil - Mauro Calil/Divulgação - Mauro Calil/Divulgação
Imagem: Mauro Calil/Divulgação

Repare que a grande mudança é trocar a possibilidade de recuperação pela certeza de que ela irá ocorrer. Por isso, contabilize suas perdas em Bolsa e procure aproveitar as boas oportunidades que a alta dos juros pode proporcionar.

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