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Salas de aula precisam falar mesma língua dos alunos século 21

Especial para o UOL

14/06/2015 06h00

A educação de qualidade, objetivo prioritário de todo país que almeje o desenvolvimento, somente será viável se estiver alinhada às tecnologias da informação e da comunicação.

É preciso aderência aos novos meios com os quais as crianças e adolescentes veem, percebem e entendem o mundo e interagem com as famílias, os amigos e amplas redes virtuais de relacionamento social. Nesse contexto, a maneira de aprender e ensinar vai se transformando.

As salas de aula e os sistemas de ensino precisam “falar” a mesma linguagem dos alunos inquietos e multimídia do século 21. Devem oferecer-lhes as mesmas linguagens e facilidades das tecnologias com as quais convivem desde o despertar de sua consciência como indivíduos: dos celulares aos computadores domésticos, dos e-readers aos aplicativos mais sofisticados, da eletrônica embarcada nos veículos, inclusive de transporte coletivo, à smart TV.

Sim, as crianças e jovens de hoje têm dificuldades de entender um mundo sem telas, teclados e "touch screen", no qual não seja possível ir a Londres, Pequim, Rio de Janeiro ou Saturno no lapso de um simples clique.

Em resposta a essa demanda contemporânea, o número de produtos da chamada tecnologia educacional é cada vez maior, tanto em aplicativos como em hardwares. Plataformas digitais aliam a distribuição de conteúdos pedagógicos à articulação de professores, coordenadores, gestores, alunos e família.

Informações e ferramentas são disponibilizadas a cada um desses grupos para que  cooperem no processo educacional. São soluções que reúnem, integram e dão sinergia a todos os recursos, como rede, wifi, servidores, computadores, tablets e projetores, e-books e aplicativos.

Tudo isso transforma a sala de aula numa nave espacial de infinitos e instantâneos destinos na busca do conhecimento. Quem visitou a Bett Brasil Educar 2015, realizada em maio em São Paulo, teve uma clara percepção de como a tecnologia tem respostas avançadas para educação.

As empresas fornecedoras de hardware, software e serviços para esse mercado atendem às demandas já existentes e também desenvolvem e ofertam novas soluções.

No entanto, para que todos esses avanços consolidem-se de modo amplo, contribuindo para a excelência do ensino brasileiro, há quatro desafios fundamentais a serem vencidos. O primeiro deles diz respeito à orientação e direcionamento dos próprios alunos para utilizá-los bem no processo de aquisição de conhecimento. É a conversão do lúdico ao didático.

O segundo refere-se às estratégias pedagógicas para a integração do currículo educacional brasileiro às ferramentas tecnológicas.

O terceiro desafio é relativo à capacitação dos professores para lidar com as novas possibilidades abertas pela tecnologia da informação. Importante enfatizar que, a despeito de todos os avanços, os mestres são e serão sempre os principais responsáveis pela excelência do ensino, que passa pela sua valorização, formação e desenvolvimento profissional.

Finalmente, é necessário que todo esse processo de modernização transformadora tenha imensa capilaridade, alcançando toda a rede educacional, pública e privada.

Se vencermos os quatro desafios, a tecnologia ampliará grandiosamente a sua contribuição para que tenhamos a escola de nossos sonhos, que será a plataforma essencial para a concretização de um projeto vitorioso de país.

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