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Fotos de Mark Wahlberg fizeram das cuecas um bom presente

Especial para o UOL

19/12/2015 06h00

Com a chegada do final do ano, me peguei pensando em uma coisa muito óbvia: as mudanças que acontecem com o passar do tempo.

Podem ser evoluções, mas também podem ser retrocessos. Se você consegue extrair das situações ocorridas boas experiências para o seu aprimoramento, perfeito. Tenha certeza que você estará a frente de muitas situações. Mas, o que essa filosofada toda tem a ver com o título que se refere às cuecas como presente?

As festas de confraternização estão aí e em muitas delas acontece o tal do “amigo secreto”.  Aquela famosa troca de presentes com pessoas queridas e, às vezes, nem tanto.

Nos anos 1980, se essa troca de gentilezas acontecesse na empresa, qualquer sujeito mais formal ganharia lenço ou meias. Se o homem fosse da família, independentemente do grau de formalidade, existia uma cultura –que não sei de onde apareceu– de que cuecas eram boas lembranças. Um presente certo que todo homem iria usar.

O problema era que as cores eram as mais absurdas de todas, passando do vermelho paixão ao turquesa cintilante. Os tamanhos quase nunca batiam com os dos presenteados. Incômodo na cor, na situação – devido ao “bullying”– e, ainda por cima, o inconveniente de ter que trocar o tamanho.

Com os tempos modernos, o ator galã Mark Wahlberg, nos anos 1990, apareceu em anúncios sensuais, mundo afora, usando apenas uma cueca com elásticos na cintura com o nome de uma famosa marca americana. Isso fez com que, de repente, esse item virasse um presente que trazia um enorme valor agregado.

Primeiro por usar uma peça, que fica embaixo da roupa, assinada por um estilista. Depois, por se sentir tão especial quanto o galã que apareceu no tal do anúncio. Com o acerto da fórmula, muitos homens bonitos emprestaram seus corpos para rechear a tal da cueca, que hoje aparece em cores diferentes, edições comemorativas e no clássico pacote com três unidades.

Esse é, sim, um dos presentes que os homens modernos de hoje gostam de ganhar. Talvez, quando você estiver lendo este artigo daqui a alguns anos, isto não faça sentido, mas que ocorreu uma inversão de valores por conta de uma forte marca de roupas e de suas cuecas, isso ninguém pode dizer que não.

Com tudo isto, quero falar de mudanças. Das de comportamento, das de hábitos, das de como enxergar um mundo de uma nova maneira e, principalmente, de como mudar em favor do próximo! É assim que nós nos tornaremos seres mais sociáveis e de agradável convivência. Não pelos presentes, mas pelas mudanças positivas. Feliz 2016!

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