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Potencialidades dos cariocas não condizem com as desigualdades

Especial para o UOL

01/10/2016 06h00

A metrópole da beleza e do caos mais do que partida é uma cidade fragmentada. Boa parte da população vive na orfandade de sonhos. São milhões de humanos que estão à margem de políticas públicas imprescindíveis à cidadania e à dignidade. Nosso Rio de Janeiro perdeu a sua capacidade de integrar e de empoderar os seus cidadãos.

Não há um canto do Rio sem que as pessoas digam que há a necessidade de um novo momento na capital. As potencialidades das pessoas daqui não condizem com as desigualdades ainda não superadas, estampadas nos olhos delas, as quais vivem as suas angústias e os seus dramas.

Nossa cidade é feita de gente que acorda cedo, que labuta, que batalha diariamente por uma vida justa e digna. Portanto, é chegado o momento de um poder público realmente democrático, em que essas pessoas estejam envolvidas em máxima sintonia, na qual todas as vozes se encontrem e, de forma legítima e polifônica, possam realizar a verdadeira transformação social em suas vidas.

A subserviência do poder público aos setores econômicos fez com que os privilégios se sobrepusessem aos direitos dos cidadãos. Basta verificar as passagens de ônibus mais caras, a extinção de linhas e outras arbitrariedades praticadas contra a população. Uma cidade desterritorializada, sem espaços às consultas públicas, à participação popular e ao efetivo exercício da democracia, aliás, esta abruptamente ferida no plano nacional pelo golpista Michel Temer e seus aliados – muitos, inclusive, aqui do Rio.

O nosso campo político colocou o Brasil na vanguarda social mundial nos últimos 12 anos. O fato de retirarmos 36 milhões da miséria –batendo a meta da ONU- é um dado que mostrou ao mundo a diferença que as políticas de Lula e Dilma fizeram. Somente no Rio, nosso campo político investiu bilhões a fim de melhorar a vida das pessoas. Diversas clínicas da família foram sustentadas com recursos federais, bem como: a construção de 32 UPAs; a constituição de 855 novas equipes do Programa Saúde da Família; a implantação de 882 farmácias populares; a construção de 82 mil casas do Minha Casa, Minha Vida; além de 230 mil famílias beneficiadas pelo Bolsa Família.

À juventude e aos trabalhadores, as ações federais ofereceram acesso a 786 mil pessoas que ingressaram em universidades e no Pronatec. Ainda podemos citar os recursos federais que garantiram a realização da Olimpíada, via a construção do BRT, do VLT e das arenas.

Nosso compromisso é comandar um processo generoso e solidário que redefina as prioridades dos programas, projetos e ações da prefeitura. Vamos recuperar a democracia com participação popular em nosso governo, ao utilizarmos ferramentas presenciais –como os conselhos–, e virtuais, através do Gabinete Digital. Teremos políticas para que os cidadãos acessem os bens e serviços em saúde, educação, segurança, cultura, meio ambiente, as quais são obrigações do poder público.

As questões de gênero serão asseguradas a todos, sem discriminação e contra todo e qualquer tipo de intolerância. Trabalharemos muito na geração de emprego e renda nas comunidades, a fim de que os jovens e os desempregados tenham acesso à educação, à cultura, à formação profissional e a trabalho e renda. O nosso projeto da Nova Brasil igualmente estimulará o desenvolvimento socioeconômico daquela região, requalificando os 32 bairros que são cortados pela avenida, com saneamento, urbanização, novas moradias e internet banda larga, com grande contingente de mão de obra na região.

E a instituição do passe livre atenderá estudantes da rede pública, cotistas, beneficiários do Fies, Prouni, desempregados, trabalhadores informais e beneficiários do Bolsa Família, para que tenham gratuidade no transporte público municipal. Às mulheres, muitas delas chefes de família, implantaremos mais creches, com horário noturno, bem como precisaremos ter escolas e clínicas da família em tempo integral, com especialidades, e que também funcionem à noite.

É chegada a hora de responder aos gritos de socorro de uma população oprimida e que anseia por uma cidade democrática. Nosso compromisso de verdade é com uma cidade majoritariamente feminina, com mulheres que não podem perder a oportunidade de eleger pela primeira vez uma mulher prefeita no Rio de Janeiro.

Ao ser eleita, trabalharei por um Rio desenvolvido, sem preconceito e socialmente equilibrado, que seja orgulhoso de si, sem violência, um Rio em comum. A nossa luta não é apenas pelo voto, mas sim, por uma efetiva e solidária cultura de paz.  

N.R.: O UOL convidou para escrever artigos os candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro mais bem posicionados na pesquisa Datafolha de 21 de setembro: Marcelo Crivella (PRB), Marcelo Freixo (PSOL), Pedro Paulo (PMDB), Jandira Feghali (PC do B) e Flávio Bolsonaro (PSC)

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