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SP: Prefeitura deve ser parceira, e não inimiga dos empreendedores

Especial para o UOL

02/10/2016 06h00

Em meio à recessão imposta ao país pela incompetência dos governos petistas, São Paulo se prepara para acelerar e, mais uma vez, assumir a condição de locomotiva do Brasil. A arrancada, como sabemos, não será fácil e só acontecerá se o município contar com políticas bem orientadas e capazes de fazer com que a maior e mais pujante cidade do país volte a andar na frente e a ditar o ritmo do desenvolvimento nacional.

Sou candidato a prefeito desta cidade plural e me preparei para administrá-la. Mesmo sabendo que a missão será extenuante e repleta de obstáculos, posso afirmar que estou pronto e disposto a enfrentar os desafios que aguardam o próximo prefeito.

Nos 14 anos em que esteve no poder, em Brasília, o PT impôs ao país e ao nosso município prejuízos que só serão superados com muito trabalho, muita criatividade e, acima de tudo, com a gestão eficiente dos recursos públicos. De acordo com o IBGE, dois milhões de brasileiros sofrem com o desemprego na Grande São Paulo. Fábricas de todos os portes e lojas de todos os segmentos fecharam as portas. A população está empobrecida e entristecida.

A situação é grave, mas não é forte o suficiente para afastar São Paulo de sua vocação. Na prefeitura, uma das minhas primeiras providências será justamente essa: eliminar os obstáculos que, nos últimos anos, dificultaram que o paulistano manifestasse algumas de suas vocações. Entre elas, a capacidade de empreender e a disposição para trabalhar.  

São Paulo tem tudo para se firmar como um grande polo de tecnologia e abrigar empresas digitais em quantidade suficiente para provocar um impacto positivo no ambiente econômico. A cidade dispõe da inteligência e dos recursos necessários para levar adiante essa iniciativa, mas é preciso estimulá-los. Nada impede que, São Paulo, da mesma forma, se consolidará nos próximos quatro anos como a capital brasileira da economia criativa. O turismo, a gastronomia, os eventos, a moda, as artes e os espetáculos, todas essas atividades devem ser apoiadas e estimuladas por políticas públicas adequadas para que —num cenário em que a prefeitura seja parceira, e não inimiga dos empreendedores— gerem oportunidades, empregos e renda.

O empreendedorismo nesses e em outros setores deverá ser estimulado e facilitado. É preciso, da mesma forma, descentralizar o apoio às iniciativas empreendedoras a fim de que os novos projetos que vierem a ser implantados não se instalem apenas na região central, mas se espalhem por toda a cidade. Quem vive em regiões distantes do centro precisa ter a oportunidade de estabelecer negócios próximos de suas casas. O efeito dessas iniciativas, é claro, será mais perceptível se o país, como um todo, curar as feridas abertas pela crise e recuperar o fôlego. Alguns sinais de melhora começam a ser percebidos. Depois de uma queda prolongada, o comércio começa a crescer.

Os números ainda são tímidos, mas, diante do cenário desolador tão frequente nos últimos anos, podem representar uma inversão de expectativas: no mês de agosto deste ano o comércio vendeu 1,1% mais do que no mês de agosto do ano passado. Os dados são da Boa Vista, empresa paulistana de avaliação de risco de crédito. Outro aspecto positivo: os especialistas apontam que em 2017 a inflação ficará no centro da meta de 4,5% estabelecida pelo Banco Central. Bem abaixo dos 7,2% previstos para este ano.

O otimismo se justifica. Basta a inflação declinar para que o ânimo dos empresários melhore e traga de volta a disposição para investir. E os investimentos da iniciativa privada significam mais empregos na indústria, no comércio e nos serviços. São Paulo tem tudo para receber esses investimentos e, com eles, voltar a crescer. E, nesse cenário, gerar oportunidades para todos e se transformar numa cidade que, além de oferecer trabalho, seja mais justa, mais humana e mais feliz. É essa a cidade que queremos e é essa a cidade que teremos.

N.R.: O UOL convidou para escrever artigos os candidatos à Prefeitura de São Paulo mais bem posicionados na pesquisa Datafolha divulgada em 22 de setembro: João Doria (PSDB), Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB), Fernando Haddad (PT) e Luiza Erundina (PSOL).

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