Urnas com voto impresso custarão R$ 57 milhões nas eleições deste ano

Felipe Amorim

Do UOL, em Brasília

A utilização de 30 mil urnas eletrônicas com voto impresso nas eleições deste ano vai custar R$ 57,4 milhões à Justiça Eleitoral.

O contrato com a empresa vencedora da licitação para fornecer os equipamentos foi assinado com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última segunda-feira (30). A empresa vencedora foi a CIS Tecnologia, que terá até 10 de setembro para entregar as urnas com impressora.

O TSE estima que a realização das eleições vai custar, no total, pouco mais de R$ 1 bilhão. Este ano serão eleitos presidente da República, governadores, deputados federais e estaduais e senadores.

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Dos 30 mil equipamentos do tipo, apenas 23 mil serão utilizados nos locais de votação. Os outros 7 mil serão usados como reserva técnica, caso algum equipamento apresente defeito no dia das eleições.

O 1º turno das eleições será realizado no dia 7 de outubro, e o 2º turno, no dia 28 do mesmo mês.

A adoção do voto impresso foi determinada pela reforma eleitoral aprovada no Congresso Nacional em 2015. O TSE decidiu fazer uma implementação gradual da impressão e, este ano, 5% das 600 mil urnas terão o voto impresso.

Na quinta-feira (3), o TSE definiu as regras para a distribuição pelo país das urnas com voto impresso que serão utilizadas nas eleições de outubro.

Essas urnas serão repartidas entre os estados e o Distrito Federal de forma proporcional ao eleitorado de cada unidade da federação. Caberá à Justiça Eleitoral de cada estado definir os locais que receberão o voto impresso.

Ação no STF

Uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contesta a lei federal de 2015 que criou a obrigação da impressão do voto. A Procuradoria afirma que a medida representa um "retrocesso para o processo eleitoral", amplia a possibilidade de fraudes e ameaça o sigilo do voto.

Ao se manifestar no processo, o TSE afirmou que o voto impresso representa "inegável retrocesso no processo de apuração das eleições" e põe em risco o segredo do voto "sem aparente utilidade concreta" para a transparência das eleições.

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