Bolsonaro, Doria e Flávio Rocha participam da Marcha para Jesus em SP

Aiuri Rebello

Do UOL, em São Paulo*

  • Reprodução/Twitter

    Flávio Rocha e Joao Doria pararam para tomar café em uma lanchonete antes do evento

    Flávio Rocha e Joao Doria pararam para tomar café em uma lanchonete antes do evento

O pré-candidato do PSL à Presidência da República, o deputado federal Jair Bolsonaro, chegou à Marcha de Jesus na tarde desta quinta-feira (31) evitando polêmicas. Ao ser questionado pelos jornalistas que o aguardavam sobre temas ligados às eleições deste ano e sobre a greve dos caminhoneiros, preferiu não responder.

João Doria (PSDB), pré-candidato ao governo de São Paulo e o empresário Flávio Rocha, presidenciável do PRB também participaram do evento, organizado pela igreja Renascer na capital paulista, na manhã desta quinta.

Ao chegar na marcha às 16h, Bolsonaro evitou responder sobre as eleições, quando abordado por jornalistas. "Aqui é um lugar de paz, não vamos falar disso", disse antes de entrar em uma área reservada atrás do palco montado na Praça Heróis da FEB, na zona norte da capital.

Alguns apoiadores aguardavam no local e receberam o pré-candidato com muita festa. Bolsonaro chegou acompanhado do senador Magno Malta (PR-ES), cotado para vice na chapa do deputado, e do deputado Major Olímpio (PSL-SP).

Doria: "Nem à esquerda nem à direita"

Doria subiu no principal trio elétrico da Marcha para Jesus junto com Rocha defendendo um "palanque pelo Brasil".

"O ponto único é de defesa do Brasil, do crescimento do Brasil nem à esquerda nem à direita. É um palanque do Brasil. Não é um palanque do PSDB, nem um palanque do PRB", disse o tucano, ao subir no trio, que também conta com o prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), e líderes religiosos como o apóstolo Estevam Hernandes.

Mesmo com Geraldo Alckmin (PSDB) como pré-candidato ao Planalto pelo seu partido, Doria anunciou nesta quarta (30) que subiria no palanque de Flávio Rocha em nome de uma união do centro nas eleições presidenciais. O objetivo, disse Doria, é evitar uma vitória de Bolsonaro ou de Ciro Gomes (PDT) na disputa.

Depois, na descida do trio, questionado se o Flavio Rocha devia ser vice na chapa de Alckmin, Doria foi evasivo, mas deu a entender que sim, ao afirmar que defende uma aliança nacional com o partido de Rocha.

Márcio França evita criticar grevistas

Por volta das 16h30, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB) foi recebido com orações no palco principal do evento.

"Que ele seja eleito nosso governador", clamou o apóstolo Augusto, uma das lideranças religiosas que estava no palco com o governador e puxava a reza.

Enquanto isso, França ficou ajoelhado no palco com as mãos para o alto e recebeu a benção de diversos pastores. Ao final da oração, o público aplaudiu muito.

O governador falou brevemente com o público, e não tocou no assunto eleições. "Louvei muito a Deus para que vocês pudessem fazer essa Marcha tão bonita. Parabéns e fiquem cm Deus", afirmou o governador antes de ir embora.

Na chegada, França disse que havia no estado de SP dois pontos de contração de grevistas nas rodovias, e que até o início da noite também já seriam dispersados.

Ele evitou criticar os grevistas.

A Marcha para Jesus reúne igrejas evangélicas de todo o Brasil é até de outras partes do mundo. Até às 16h, a Polícia Militar nem a organização tinham divulgado uma estimativa de público, mas milhares de pessoas lotam a praça Heróis da FEB.

Até às 22h, o evento recebe dezenas de shows de música gospel.

Anualmente, evangélicos participam do evento, que reúne fiéis, artistas e políticos. Onze trios animarão os fiéis durante a Marcha. Ao todo, dez ambulâncias, 200 brigadistas, quatro postos médicos e mais de 3.000 voluntários vão estar no local, para que não haja graves problemas, caso os fiéis passem mal durante o evento.

Locomoção em São Paulo

Para que não haja problemas, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), com apoio da PM (Polícia Militar), monitora o percurso desde 23h de quarta-feira (30). Interdições devem ocorrer até 1h de amanhã (1º) nas intermediações do evento.

As avenidas Tiradentes e Santos Dumont estão interditadas nos dois sentidos. Como alternativas sugeridas pela CET para quem sair da zona norte no período estão as avenidas Cruzeiro do Sul, do Estado, Senador Queiróz e Prestes Maia.

Para quem for usar transporte público neste feriado, o metrô funciona normalmente. A SPTrans informou que, às 9h, as empresas de ônibus municipais conseguiram circular com 81% da frota programada. A programação de operação para o feriado é de 40% do total da frota do sistema municipal de transporte.

Para quem for ao evento, a CET informou que os desembarques de fretados deverão ser realizado nas ruas 25 de Janeiro, Mauá e Florêncio de Abreu. O estacionamento para os ônibus fretados estará disponível no terreno da Aeronáutica, na avenida Olavo Fontoura.

Devido ao reflexo da greve dos caminhoneiros, as empresas ficaram autorizadas a operarem as linhas noturnas sob sua responsabilidade com 50% da frota, equivalendo a intervalos dobrados.

A prefeitura informou que o reabastecimento de combustível das operadoras do sistema municipal de transporte segue sendo normalizado. "A Prefeitura adquiriu combustível que garante a circulação da frota até a próxima segunda-feira (4). O governo municipal trabalha para adquirir mais diesel de forma a garantir a operação do transporte municipal até a situação do abastecimento de combustível se normalizar", informou, em nota.

* (Com informações do Estadão Conteúdo)

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