Doria não cumpriu compromisso com SP ao deixar prefeitura, diz Skaf

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

O pré-candidato ao governo paulista pelo MDB, Paulo Skaf, alfinetou nesta sexta-feira (8) o ex-prefeito de São Paulo e seu adversário na disputa, João Doria (PSDB), na sabatina promovida pelo UOL em parceria com a "Folha de S.Paulo" e o SBT. Nas pesquisas de intenção de voto mais recentes, Skaf aparece em segundo lugar, atrás do tucano.

Após elogiar Doria e o candidato à reeleição Márcio França (PSB), com os quais afirmou possuir "uma boa relação", o pré-candidato do MDB e presidente recém-licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) negou que o tucano tenha tido um bom desempenho à frente da Prefeitura.

Eleito em primeiro turno em 2016, Doria deixou a prefeitura para disputar o governo do estado em abril, com pouco mais de um ano e três meses de mandato. "Se ele tivesse cumprido [seu compromisso com o eleitor de São Paulo], não estaria com 60% de rejeição. O próprio eleitor é quem vai julgar", afirmou Skaf.

Veja também

O emedebista também rechaçou a pecha de "não político" que se tornou marca de Doria na disputa de 2016. Empresário, o tucano costuma se apresentar como "gestor, não político".

"Quero dizer que sou político, e quem está na política tem que falar que é político. Sou gestor? Sou. Mas, a partir do momento em que me filio e disputo [campanha eleitoral], sou político", declarou. "Mas político da boa política", classificou-se.

Questionado sobre ter recebido R$ 200 mil de doação de Doria para a sua campanha ao governo em 2014, Skaf riu. "[Sinal de que] Ele valoriza aqui o candidato."

"Chance zero" de disputar Senado

Essa será a terceira eleição seguida de Skaf para o governo paulista. Em 2010, então filiado ao PSB, o empresário obteve pouco mais de um milhão de votos e não avançou ao segundo turno, vencido por Geraldo Alckmin (PSDB).

Em 2014, o tucano se reelegeu já no primeiro turno, mas Skaf, no PMDB (hoje MDB), ficou na segunda colocação com mais que o quádruplo de votos de 2010: cerca de 4,5 milhões.

O pré-candidato também refutou a possibilidade de desistir da candidatura ao governo para, por exemplo, tentar o Senado --possibilidade que já foi lançada, nos bastidores da sucessão estadual, como estratégia de apoio à candidatura de Doria.

"Não sou candidato a senador. A chance é zero", respondeu, indagado sobre o assunto. "Se o povo de São Paulo entender que algum outro candidato possa merecer mais [ser eleito], esse nome terá meu apoio dia seguinte", arrematou.

Doria será o próximo sabatinado

Skaf foi o terceiro pré-candidatos a ser sabatinado entre os postulantes ao governo estadual. Luiz Marinho (PT) foi o primeiro, na segunda (28); dia 30, foi a vez de Márcio França (PSB). Na próxima segunda, será a vez de João Doria (PSDB).

Veja a íntegra da sabatina com Paulo Skaf

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos