Skaf diz que respeita Bolsonaro, mas que seu candidato é Meirelles

Janaina Garcia e Luciana Amaral

Do UOL, em São Paulo e Brasília

O pré-candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, negou nesta sexta-feira (8) que tenha declarado ou recebido algum tipo de apoio formal do pré-candidato à Presidência pelo PSL, o deputado federal Jair Bolsonaro. Skaf participou da sabatina promovida pelo UOL em parceria com a "Folha de S.Paulo" e o SBT.

Presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Skaf enfatizou que a candidatura presidencial que apoia é a do seu correligionário de partido, o ex-ministro Henrique Meirelles. Skaf, porém, tentou afastar sua imagem à do seu partido e à do presidente presidente Michel Temer (MDB). Nas pesquisas de intenção de voto mais recentes, o empresário aparece em segundo lugar, atrás de João Doria (PSDB).

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Sobre Bolsonaro, o pré-candidato afirmou que o respeita, mas que só teria falado com ele uma única vez, "há alguns anos, nunca pessoalmente". Nesta semana, Bolsonaro afirmou que vê em Skaf o único nome possível para uma composição no maior colégio eleitoral do país.

"O [deputado federal] Major Olímpio, do PSL em SP, era do PDT --e, em 2014, o PDT estava conosco na candidatura o governo. Tenho um bom relacionamento com o Major, vez ou outra temos conversado, analisamos o cenário geral... Mas nosso partido tem um candidato, que é o Henrique Meirelles. Tenho muito respeito ao Bolsonaro, respeito a democracia. Ele merece consideração e respeito porque tem de 20% a 25% nas pesquisas. Isso representa quase 30 milhões de eleitores", declarou. "Mas minha simpatia é pelo meu candidato", concluiu.

Sobre Meirelles, o pré-candidato ao governo paulista disse que ele "está se apresentando como candidato para retomar o crescimento no país".

Questionado se seria o candidato de Temer em São Paulo, Skaf defendeu as reformas do governo federal, mas tentou se afastar do presidente e do partido.

"Por mais que o governo esteja mal avaliado, nós temos que admitir que ele [Temer] fez as reformas necessárias para o país", afirmou o presidente licenciado da Fiesp. "Não vejo a necessidade de carregar a imagem de ninguém", declarou.

"Acho que esse negócio de padrinho já não deu certo no Brasil. Com todo respeito, você tem que estar filiado a um partido político. O MDB está me dando oportunidade, mas, sinceramente, minha preocupação não é com o partido político, é com São Paulo."

Skaf declarou também não acreditar mais na crença do brasileiro em partidos políticos. "A imagem de todos os partidos é péssima", afirmou o ex-presidente. "A do MDB é péssima, mas a do PSDB também, do PT também: de todos."

Ao mesmo tempo, o pré-candidato disse conversar com "todos os partidos" sobre possibilidades de coligação. "Você fica perdido nessa conversa de partidos políticos, mas quem vai governar sou eu, não o partido", afirmou.

Skaf foi o terceiro pré-candidatos a ser sabatinado entre os postulantes ao governo estadual. Luiz Marinho (PT) foi o primeiro, na segunda (28); dia 30, foi a vez de Márcio França (PSB). Na próxima segunda, será a vez de João Doria (PSDB).

Veja a íntegra da sabatina com Paulo Skaf

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