Doria defende expulsão de Azeredo e diz que Aécio "ainda" não foi condenado

Gustavo Maia e Janaina Garcia

Do UOL, em Brasília e São Paulo

O pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, afirmou nesta segunda-feira (11) que o ex-governador e ex-senador por Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), preso desde o mês passado após ser condenado no caso que ficou conhecido como mensalão tucano, deveria pedir para sair ou ser expulso pela direção do partido.

Questionado sobre o caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), o tucano afirmou que o mineiro "não foi condenado ainda". Em abril, a 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e transformou o parlamentar em réu, sob acusação crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça.

As declarações foram dadas durante sabatina promovida pelo UOL, pelo jornal "Folha de S.Paulo" e pelo SBT.

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Sobre Azeredo, Doria definiu: "Essa é uma decisão que cabe ao partido. Nessas circunstâncias, cabe à Executiva Nacional e, em última instância, ao presidente [do partido]", afirmou, referindo-se ao presidente nacional do PSDB, o presidenciável Geraldo Alckmin.

"Tendo em vista que a condenação houve, eu, se fosse ele, pediria para sair. E, não havendo pedido, eu expulsaria", completou Doria.

A respeito da situação de Aécio, o ex-prefeito de São Paulo foi menos enfático: "Ele não foi condenado ainda, e a investigação segue em curso e ela deve seguir, sem nenhum objeção e espécie, inclusive do PSDB , que deve apoiar que as investigações se concluam."

"Os tucanos ficam muito em cima do muro"

Questionado sobre a aprovação do aumento do teto do funcionalismo público de São Paulo pela Alesp (Assembleia Legislativa do Estado), na semana passada, Doria disse que se for eleito terá que rever essa questão "principalmente face à questão orçamentária e fiscal".

Ao ser indagado sobre o que significa na prática sua intenção de revisar a medida e se é totalmente contra o aumento do limite salarial para os servidores estaduais, o ex-prefeito acabou fazendo menção jocoso à fama do próprio partido de não se posicionar sobre certos assuntos.

"Nós temos que estudar. Eu não quero aqui ser tucano e nem ficar em cima do muro porque não é meu jeito e nem é meu estilo", respondeu o pré-candidato do PSDB.

"Os tucanos ficam muito em cima do muro, mas eu não fico, e essa nova etapa da tucanagem não vai ficar em cima do muro. Prefiro ser julgado por ter uma atitude, ainda que condenado por ela, do que não sofrer julgamento pela covaria de não tomar nenhuma atitude", complementou Doria.

Doria foi o 4º sabatinado

Doria foi o quarto e último pré-candidato ao governo do estado de São Paulo a ser sabatinado. Luiz Marinho (PT) foi o primeiro, na segunda (28); dia 30, foi a vez de Márcio França (PSB). Na semana passada, foi a vez de Paulo Skaf (MDB).

Veja íntegra da sabatina UOL, Folha e SBT com João Doria

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