Há tempo ainda para Alckmin se recuperar, diz Doria

Gustavo Maia e Janaina Garcia

Do UOL, em Brasília e São Paulo

O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, João Doria, admitiu nesta segunda-feira (11) que a campanha de seu padrinho político, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin, passa por dificuldades, mas afirmou que ainda há tempo para ele se "recuperar" e negou a possibilidade de se candidatar ao Planalto.

"Sou o candidato do PSDB ao governo do estado de São Paulo, e meu candidato a presidente se chama Geraldo Alckmin. Não há plano B, mas plano A, de Alckmin, que todos estamos apoiando fortemente", disse em sabatina promovida pelo UOL em parceria com a "Folha de S.Paulo" e o SBT. "Há tempo para sua consolidação e recuperação. Espero, inclusive, que, como candidato, ele aglutine as forças de centro", afirmou.

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Pesquisa Datafolha divulgada no último fim de semana mostrou que Alckmin mantém as dificuldades em crescer --é o pior desempenho do PSDB em 30 anos.

Doria destacou que São Paulo é o "estado que pode decidir as eleições presidenciais". "Há tempo ainda para que ele possa se consolidar não só aqui, mas no Brasil", reforçou.

Pesquisa Ibope divulgada no fim de maio apontou Doria como líder das intenções de voto, com 22%, seguido por Paulo Skaf (MDB), com 15%.

Palanque duplo de Alckmin em SP

O ex-prefeito declarou ainda não se incomodar com o fato de Alckmin ter palanque duplo em São Paulo --o próprio Doria e o governador e pré-candidato à reeleição Márcio França (PSB). "Aliás, já é um fato consumado", comentou.

O tucano disse que compreendia a situação e citou um precedente do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Eu disse a ele [Alckmin] que compreendia [a possibilidade de palanque duplo]. Não me causa constrangimento ele ter dois palanques. FHC fez dois palanques e venceu", declarou.

Questionado sobre o desempenho de Alckmin e sua participação na campanha do aliado, Doria afirmou que já há uma "dobradinha" com o ex-governador, já que ele é o pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo. "Eu já estou ajudando, essa já é uma dobradinha com Geraldo Alckmin", disse.

O tucano disse ainda que é favorável e acha importante o movimento lançado na semana passada por uma candidatura única de "centro", desde que com Alckmin como cabeça de chapa.

Doria declarou ainda que o pré-candidato do PRB ao Palácio do Planalto, Flávio Rocha, que já participou de atos de pré-campanha com ele, é um "excelente candidato" e seu amigo há mais de 40 anos, mas que entende que, eleitoralmente, Alckmin tem mais potencial.

Sobre a possibilidade de Rocha ser vice do tucano, ele demonstrou ser favorável, mas destacou que essa "evidentemente" é uma decisão do PRB.

"Não político"

O ex-prefeito de São Paulo negou que seja político, mesmo prestes a disputar a segunda eleição em dois anos. "Eu quero continuar sendo gestor. Eu não sou político, eu estou na política", declarou.

"Eu não sou carreirista, não quero fazer carreira política", complementou Doria, destacando, porém, que respeita os políticos.

Doria foi o 4º sabatinado

Doria foi o quarto e último pré-candidato ao governo do estado de São Paulo a ser sabatinado. Luiz Marinho (PT) foi o primeiro, na segunda (28); dia 30, foi a vez de Márcio França (PSB). Na semana passada, foi a vez de Paulo Skaf (MDB).

Veja íntegra da sabatina UOL, Folha e SBT com João Doria

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