Ciro defende Lupi e diz que acusação contra aliado não afeta sua campanha

Daniela Garcia

Do UOL, em São Paulo

  • Alan Marques/Folhapress

    16.set.2015 - Ciro Gomes (centro) assina sua filiação ao PDT em Brasília ao lado de Carlos Lupi (à dir)

    16.set.2015 - Ciro Gomes (centro) assina sua filiação ao PDT em Brasília ao lado de Carlos Lupi (à dir)

Pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes saiu em defesa nesta quinta-feira (14) do presidente do partido, Carlos Lupi, que foi citado em delação por um assessor do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB). "Sobre o Lupi eu boto a mão no fogo. Conheço o Lupi de longuíssima data", afirmou após encontro com integrantes da ABDIB (Associação Brasileira de Desenvolvimento das Indústrias de Base), em São Paulo.

Ciro negou que a citação de Lupi possa questionar a moralidade de sua pré-campanha ao Planalto. "A acusação chega a ser ridícula, para não dizer criminosa. A ideia de que um cidadão daria dinheiro a um cidadão que já tá morto, e que esse cidadão, o morto, teria entregue esse dinheiro ao Lupi... Francamente, é uma leviandade", disse.

Conhecido como gerente da propina do esquema de Cabral, Carlos Miranda afirmou em delação que, em 2012, recebeu ordem de Wilson Carlos, então secretário de Governo na gestão do emedebista, para fazer pagamentos mensais de R$ 100 mil ao PDT. O valor teria sido entregue a Carlos Lupi, que é presidente nacional do partido desde 2014. Os intermediários seriam emissários de Renato Chebar, doleiro do grupo de Cabral, e um suposto tesoureiro do PDT chamado de "senhor Loureiro" por Miranda.

Trechos da delação foram exibidos pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

Lupi nega os recebimentos e diz que jamais manteve nenhum tipo de relação com o delator.

O presidente do PDT foi ministro do Trabalho entre os anos de 2007 e 2011, em governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT).

Novos ataques a Bolsonaro

Após o evento desta quinta-feira, Ciro voltou a atacar o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), também pré-candidato à Presidência. Classificou o parlamentar como o "menos difícil" de se vencer. "Pelo isolamento, pela interdição, pelo despreparo, pelo preconceito misógino ", elencou as razões.

A previsão de Ciro é que disputará o segundo turno contra o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).

Na última pesquisa Datafolha, divulgada no dia 10 de junho, Ciro oscilou entre 6% e 11% das intenções de voto nos quatro cenários testados. Bolsonaro, que lidera os quadros sem a presença de Lula, variou entre 17% e 19%. Alckmin apresentou entre 6% e 7% das intenções.

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