Eleições 2018

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Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o Brasil tem este ano um acréscimo de 4 milhões de pessoas com 16 anos ou mais, isto é, que seriam potenciais eleitores. O estudo, divulgado nesta quinta-feira (25), aponta que esse contingente cresceu 2,5% em relação ao pleito de 2016 --passando de 156,9 milhões para 160,9 milhões.

Dos 156,9 milhões de brasileiros maiores de 16 anos, calcula o instituto, aproximadamente 144 milhões estavam aptos a votar em 2016 --isto é, em dia com a Justiça Eleitoral. Tal contingente para este ano ainda não foi verificado --o prazo para regularizar o título de eleitor se encerrou em maio.

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O estado que apresenta a maior variação é São Paulo, com 850 mil pessoas maiores de 16 anos a mais em comparação com 2016. Minas Gerais, por sua vez, tem um acréscimo de quase 352 mil pessoas. São as duas unidades da federação com maior colégio eleitoral no país.

Os números fazem parte da pesquisa "Projeção de População 2017", que calcula o contingente populacional do Brasil e de seus 27 estados, por idades (0 a 90 anos ou mais), ano a ano, de 2010 a 2060, segundo métodos demográficos recomendados pela Divisão de População das Nações Unidas.

As projeções fornecem estimativas e indicadores prospectivos e são a principal fonte de informação populacional disponível no intervalo do Censo Demográfico (realizado a cada dez anos). As estatísticas são utilizadas no planejamento e monitoramento de políticas e ações nos setores público e privado.

O estudo do IBGE também indica que a população brasileira continuará a crescer até 2047, quando deverá chegar a 233,2 milhões de pessoas. Nos anos seguintes, estimam os pesquisadores, a população começará a cair de forma gradual, até os 228,3 milhões em 2060.

Daqui a 42 anos, de acordo com a projeção, um quarto dos brasileiros (25,5%) deverá ter mais de 65 anos --atualmente, os idosos representam 9% da população.

Em 2060, o país deve ter 67,2% de cidadãos considerados dependentes (acima dos 65 ou abaixo dos 15 anos) para cada cem pessoas em idade de trabalhar. A razão de dependência hoje é de 44%.

O IBGE verificou que a razão de dependência da população vinha caindo desde 2010 e chegou a atingir o seu melhor resultado no ano passado (44%). Já nos próximos dez anos, a proporção deverá se igualar à realidade observada em 2010, quando o Censo calculou em 47,4%.

A última versão da "Projeção de População" havia sido divulgada pelo IBGE em 2013.

"Dada a importância do uso e suas consequências para o planejamento, as projeções de população são monitoradas continuamente, e passam por revisões periódicas para a incorporação de novas informações, quando são detectadas alterações nas hipóteses previstas para as componentes do crescimento demográfico, ou por mudança de metodologia", afirma o diretor de pesquisas do instituto, Claudio Dutra Crespo.