MBL protesta em frente ao Facebook contra desativação de páginas e perfis

Do UOL, em São Paulo
Reprodução
Protesto do MBL contra o Facebook foi transmitido ao vivo pela página de Kim Kataguiri, um dos líderes do movimento, na própria rede social

Manifestantes ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre) protestam na tarde desta quinta-feira (26) em frente à sede do Facebook no Brasil, na zona sul de São Paulo, contra a desativação de páginas e perfis pessoais supostamente propagadores de 'fake news' e vinculados ao grupo.

Em número inferior a 50 pessoas, os manifestantes começaram a armar barracas na calçada em frente ao prédio comercial onde opera também a empresa norte-americana. Eles prometem não deixar o local enquanto a rede social não reativar os perfis e as páginas.

Com gritos de "censura não" e de "sem fake news, devolve o meu perfil", os participantes do ato usam percussões e filmam o ato, que chegou a ser transmitido online pela página do MBL no Facebook. Entre os manifestantes, está o vereador de São Paulo Fernando Holiday (DEM-SP), um dos fundadores do movimento -que ganhou notoriedade, em 2015 e 2016, nos protestos pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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Sem identificar usuários ou os nomes das páginas, o Facebook informou nessa quarta (25) que removeu uma rede com 196 páginas e 87 perfis no Brasil que violavam suas políticas de autenticidade. A medida fez parte, segundo a corporação, dos "esforços contínuos para evitar abusos" e sucedeu "uma rigorosa investigação".

Reportagem da Reuters apontou que as contas desativadas eram ligadas ao movimento -no mesmo dia, nomes do MBL se pronunciaram contra a desativação.

Em nota ontem, o grupo classificou de "censura" a medida e afirmou que seus coordenadores tiveram suas contas "arbitrariamente retiradas do ar" pela rede social.

"Essas páginas e perfis faziam parte de uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação", explicou a rede social.

Procurada sobre o protesto de hoje, a assessoria de imprensa do Facebook no Brasil informou que a empresa não comentaria o assunto.