Se o PT chegar ao 2º turno, nós vamos enfrentá-lo, diz Alckmin
Gustavo Maia
Do UOL, em Brasília
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Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (6) que não sabe quem vai estar no segundo turno das eleições, mas que, se for o PT, vai enfrentá-lo.
Questionado em entrevista coletiva sobre a possível repetição da polarização entre as legendas no pleito de outubro, o ex-governador de São Paulo disse que todas as siglas estão fragilizadas por conta da fragmentação partidária, entre elas o PSDB.
"Eu sou candidato por uma aliança importante de grandes partidos. Acredito que é hora de um esforço conciliatório. Acho que essa guerra entre eles e nós não é bom. Nós vamos fazer um grande esforço de conciliação para o país mudar", declarou, dizendo acreditar na democracia.
"Não sei quem vai estar no segundo turno. Se for o PT, nós vamos enfrentá-lo", acrescentou Alckmin, lembrando que já enfrentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006.
Aquele pleito, segundo o tucano, foi diferente do de 2018 porque o petista buscava a reeleição e o momento do país era outro. Nesse ano, ele disse que pretende "levar esperança" ao eleitor.
O presidenciável desconversou ao ser questionado sobre o acordo do PT com o PCdoB. Neste domingo (5), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Hadad (PT) foi confirmado como vice na chapa de Lula, que está preso e deve ser impedido de se candidatar pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A aliança entre as duas siglas de esquerda levou a então candidata do PCdoB, a deputada estadual Manuela D'Ávila, a retirar sua candidatura. Ela deve ocupar a vaga de vice na chapa petista, ao lado de Haddad.
Vice e Bolsonaro
Em entrevista coletiva durante evento de entidades da construção civil, em Brasília, ele também foi instado a comentar se a escolha da senadora Ana Amélia (PP-RS) como sua vice era uma forma de atrair potenciais eleitores do candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
Alckmin disse ter ficado "muito feliz" por ter escolhido uma mulher e que acha importante "nós estimularmos a participação das mulheres na vida pública e privada do país". "Uma mulher que representa uma região, senadora, parlamentar das mais respeitadas, sérias", comentou.
O presidenciável então negou que a escolha tivesse "objetivo A, B ou C. "Eu escolhi uma pessoa que vai ampliar e formar uma boa chapa. Pessoa preparada, com boa visão do país", elogiou.
Evitando citar Bolsonaro, ele se negou a comentar a escolha do vice do adversário, dizendo que não conhece o general da reserva do Exército Hamilton Mourão (PRTB).
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