Marina defende veto a Haddad em debate da Band: "dois pesos e duas medidas"

Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

  • GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO

    7.ago.2018 - Marina Silva participa de evento com presidenciáveis em São Paulo

    7.ago.2018 - Marina Silva participa de evento com presidenciáveis em São Paulo

A candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva, concordou nesta terça-feira (7) com uma decisão da justiça que negou pedido do PT para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participasse do debate entre presidenciáveis a ser realizado nesta quinta (9) pela Band. O debate será retransmitido pelo UOL, a partir das 22h15.

A ex-ministra do governo Lula também defendeu o veto à participação de Fernando Haddad, oficializado como vice na chapa petista. Para ela, permitir a presença do ex-prefeito de São Paulo entre os debatedores seria questão de "dois pesos e duas medidas".

"Nós temos um candidato que está impedido por determinações legais, temos um vice, e pelas regras quem vai participar [dos debates], nesse momento, são os candidatos titulares. Vai ter o momento das sabatinas com os vices. Senão você cria uma situação de dois pesos e duas medidas", afirmou Marina nesta noite durante conversa com jornalistas no evento da GovTech, em São Paulo, mediado pelo apresentador Luciano Huck.

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O pedido para que um representante de Lula participasse do debate foi feito pelo PT na segunda-feira (6), mesmo dia em que o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) vetou a presença do ex-presidente.

Marina voltou a se mostrar contrária à candidatura de Lula ao Planalto e disse que a falta de um representante do PT nos debates "é uma decisão própria do PT de manter um candidato que está impedido em Função da lei da Ficha Limpa".

"Foi uma decisão do PT que não pode ser transferida para nenhum outro partido", afirmou.

Segundo a Band, oito candidatos participarão do debate desta quinta: Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriotas), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva.

Divergências com o PV "foram resolvidas em 2010"

Questionada sobre as divergências ideológicas em temas como aborto e legalização das drogas entre ela e o PV (Partido Verde), seu antigo partido e atual sigla de seu vice Eduardo Jorge, Marina disse que essas questões "foram resolvidas em 2010". 

Ao lado de Eduardo Jorge, a candidata disse que "o programa do governo de 2010 foi feito sob minha coordenação e as propostas que defendi à época são as mesmas de agora". 

"A candidata é a Marina, isso não quer dizer que o PV não tem suas ideias, mas estamos em uma coligação, a posição [que está vigorando] é da Marina e da Rede", apontou o candidato a vice-presidente, que anteriormente criticou a criação da Rede, atual legenda da presidenciável.

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