Alvo da Lava Jato, Jucá declara ao TSE patrimônio 80% menor do que em 2010

Do UOL, em Brasília

  • Pedro Ladeira/Folhapress

    O senador Romero Jucá (MDB-RR), presidente nacional do MDB

    O senador Romero Jucá (MDB-RR), presidente nacional do MDB

O presidente do MDB e senador Romero Jucá (RR) declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter patrimônio de R$ 194.802,49 em 2018. O montante é 80,3% menor do que o declarado em 2010, quando se elegeu para o atual mandato. Na época, ele informou ter R$ 607.901,41 em bens, que hoje valeriam R$ 989.048,85, se corrigidos pela inflação no período.

Os dados constam do pedido de registro de candidatura feito pelo senador, que pretende se reeleger nas eleições de outubro deste ano. Todos os candidatos precisam fazer a solicitação à Justiça Eleitoral até 15 de agosto.

Neste ano, Jucá disse contar com R$ 150 mil em espécie e dois depósitos bancários nos valores de R$ 15.220,82 e R$ 29.581,67. Há oito anos, ele afirmou ser dono de R$ 603.901,41, dos quais R$ 545 mil em espécie, além de um terreno na praia de Pau Amarelo, no município de Paulista, em Pernambuco.

Réu no STF por corrupção e lavagem

Romero Jucá é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em decorrência de depoimentos em delações de executivos da empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) afirma que ele teria se beneficiado da função de senador –atualmente Jucá é também líder do governo na Casa – para favorecer a Odebrecht em troca de R$ 150 mil em doações ao diretório do MDB em Roraima, seu reduto eleitoral.

O senador nega quaisquer irregularidades e diz que todas as doações recebidas foram declaradas ao TSE.

Jucá responde ainda a outros 12 inquéritos no Supremo, entre desdobramentos da Lava Jato e suspeitas de ilegalidades na construção da usina de Belo Monte. Em fevereiro deste ano, um dos processos foi arquivado por prescrição após 14 anos de tramitação. O inquérito apurava o suposto envolvimento de Jucá em desvios de verbas de emendas parlamentares em obras do município de Cantá, Roraima.

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