Manifestantes pró-Lula protestam em frente do prédio de Cármen Lúcia em BH
Carlos Eduardo Cherem
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
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RAMON BITENCOURT/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO
Ato organizado pelo do MST em frente ao prédio onde mora a presidente do STF
Cerca de 50 manifestantes se reuniram no início da noite desta sexta-feira (24) em frente ao prédio no qual a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), tem apartamento, na zona sul de Belo Horizonte. O ato pedia a liberdade do ex-presidente e candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O protesto durou cerca de uma hora e transcorreu de forma pacífica, acompanhado de perto por equipes da Polícia Militar.
A manifestação foi organizada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e por militantes do PT, que portavam faixas e cartazes, pedindo a liberdade do ex-presidente, com o mote "Lula Livre". Os manifestantes também cantaram músicas e gritaram palavras de ordem, exaltando a figura de Lula, preso há quatro meses na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
Segundo uma das coordenadoras nacionais do MST, Ester Hoffmann, Lula é vítima de uma "prisão política". "Apesar disso, o ex-presidente lidera as intenções de voto no país. O povo brasileiro quer que ele seja candidato", afirmou.
Organizadores informaram que o protesto é ainda em apoio à greve de fome realizada também por integrantes de movimentos populares com o mesmo objetivo de pressionar o STF para que julgue as ADCs.
Em abril deste ano, o prédio foi alvo de vandalismo. Manifestantes mascarados desceram de quatro ônibus e jogaram tinta vermelha no edifício. Na época, o MST assumiu a autoria do ataque, em conjunto com o Levante Popular da Juventude. O protesto aconteceu porque Cármen Lúcia deu o voto de desempate para que não fosse concedido habeas corpus pedido pela defesa de Lula, preso no dia 7 daquele mês. (*Com informações do Estadão Conteúdo)