Agressor de Bolsonaro é transferido para presídio federal em MS

Do UOL, no Rio*

  • Reprodução/Globonews

    08.set.2018 - Adélio Bispo de Oliveira embarca em avião em aeroporto de Juiz de Fora

    08.set.2018 - Adélio Bispo de Oliveira embarca em avião em aeroporto de Juiz de Fora

Adélio Bispo de Oliveira, preso em flagrante por esfaquear o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), foi transferido na manhã deste sábado (8) para o presídio federal de Campo Grande (MS) após determinação judicial.

As imagens da transferência foram exibidas pela "Globonews". Oliveira embarcou em um avião no Aeroporto da Serrinha em Juiz de Fora (MG) pouco antes das 7h30. O destino de Oliveira foi confirmado pela equipe de plantão da sede da Polícia Federal, na cidade do interior de Minas Gerais.

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Além da transferência para um presídio federal de segurança máxima, a Justiça Federal em Juiz de Fora determinou na tarde de ontem a prisão preventiva de Oliveira. A juíza Patrícia Alencar entendeu que a permanência de Oliveira no sistema carcerário mineiro poderia oferecer risco à sua integridade física.

Preso em flagrante após o ataque, o agressor, que foi indiciado pela Polícia Federal com base na Lei de Segurança Nacional, confessou o crime.

Oliveira foi indiciado com base no artigo 20 da lei, que prevê o crime de atentado pessoal por inconformismo político. A pena para o artigo específico varia entre três e dez anos de prisão. No entanto, o parágrafo único dentro do artigo aponta que, se a partir da agressão o fato resultar em lesão corporal grave, a pena pode dobrar.

Nesta sexta, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que, a princípio, a PF trabalha com a hipótese de que o ataque foi um ato do tipo "lobo solitário", mas que outras duas pessoas continuam sendo investigadas.

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A defesa de Oliveira disse que as declarações de suposto cunho racista de Bolsonaro foram o "combustível" para que ele atacasse o candidato. "Foi um combustível. Esse discurso de ódio é que desencadeou essa atitude extremada do nosso cliente", declarou o advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos quatro representantes jurídicos do suspeito.

A defesa voltou a destacar que Adélio agiu sozinho. "Ele salienta que agiu de forma solitária. Aquele dolo, aquela intenção, era só dele. Não estava mancomunado, não havia concurso de pessoas", disse o advogado.

*Com Estadão Conteúdo

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