Após breve pausa, presidenciáveis retomam campanha neste sábado

Colaboração para o UOL, em São Paulo

Após o atentado sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) nesta quinta-feira (6), em Juiz de Fora (MG), as campanhas presidenciais foram suspensas. Ao menos por um dia. Para o final de semana, porém, a previsão é de que os candidatos voltem às ruas em diferentes cidades.

Os concorrentes de Bolsonaro repudiaram o ataque e, em apoio ao deputado, adiaram ou cancelaram as agendas previstas tanto para quinta como para feriado de sexta (7). Mas, neste sábado (8), as comitivas voltam à programação normal. 

E, ao contrário do que se imaginava, os candidatos não vão parar --não por enquanto-- com chamado corpo a corpo, já que as atividades estão planejadas majoritariamente para centros urbanos, em contato direto com eleitores.

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Foi em um desses atos que Bolsonaro foi esfaqueado e levantou o debate sobre a segurança dos presidenciáveis. Tema que será debatido em uma reunião da Polícia Federal com representantes de campanhas agendada às 16h deste sábado. 

O objetivo do encontro, convocado pelo diretor-geral da PF, Rogério Galloro, é reavaliar o "grau de risco" de cada campanha e alinhar os procedimentos a serem implementados para garantir a segurança até o fim das eleições. 

No momento, apenas cinco candidatos têm segurança feita pela Polícia Federal, porque foram os únicos que pediram. São Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos) e o próprio Bolsonaro - que tem o maior número, 21. 

Veja como foi o ataque a Bolsonaro em MG

Confira a agenda dos candidatos à Presidência

Segunda colocada na pesquisa do Ibope divulgada no último dia 5 –empatada com Ciro Gomes (PDT)–, Marina Silva (Rede) tem caminhada em São Paulo, no largo São Bento, agendada para as 12h.

Também vai estar na capital paulista o candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad. Ele deve caminhar por diversos bairros da zona sul, como Grajaú, Parelheiros e Cidade Dutra. Seu partido ainda busca o registro de chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo depois de o STF rejeitar mais recursos da defesa do ex-presidente.

Ciro Gomes já realizou um comício no Ceará, seu reduto, nesta sexta à noite. Para sábado, estão programadas atividades no mesmo estado, em jornada do aeroporto de Juazeiro do Norte rumo a Crato, e na Paraíba, em visita ao reservatório Boqueirão, próximo à Campina Grande. 

Quarto colocado nas pesquisas, Geraldo Alckmin (PSDB) vai percorrer Santa Catarina. Sua campanha vai passar por Criciúma, Içara e a capital Florianópolis, com previsão de caminhada, carreata e comício.

Já Álvaro Dias (Podemos) tem caminhada programada para a região central de Campo Grande (MS).

No domingo, os candidatos ainda vão participar do terceiro debate presidencial, promovido por TV Gazeta, O Estado de S.Paulo, Rádio Jovem Pan e Twitter.

O presidenciável Cabo Daciolo (Patriotas) segue com sua campanha interrompida e não vai participar do evento. Neste sábado, ele anunciou ter entrado em jejum, em reparação "à nação e a Jair Bolsonaro". O período de reclusão no Monte das Oliveiras, no Rio de Janeiro, será de 21 dias, tendo começado no dia 5, véspera do atentado a Bolsonaro.

"Tomamos a iniciativa de entrar num propósito de oração e jejum", disse em nota. "Nesse período estarei nos montes, em razão da natureza singular da causa. Agradeço a compreensão da imprensa e voltaremos a conceder entrevistas e entrar nos debates a partir do término do jejum."

Bolsonaro está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante e teve prisão preventiva determinada. Ele ficará detido em um presídio federal de segurança máxima. (*Com informações do Estadão Conteúdo)

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