Família quer que PF faça a segurança de mulher e de filha de Bolsonaro

Gustavo Maia

Do UOL, em São Paulo

O presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, e o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), afirmaram neste sábado (8) que pediram à Polícia Federal que estenda a segurança garantida ao candidato a sua mulher, Michelle, e à filha do casal, de 7 anos, por conta do ataque sofrido por ele na quinta-feira, em Juiz de Fora (MG).

Bebianno disse ter feito o pedido por telefone à diretora executiva da corporação, Silvana Borges, na tarde desta sexta-feira (7) e que ela negou a solicitação por motivos burocráticos. Procurada, a PF informou que não recebeu nenhum pedido formal para qualquer pessoa que não fossem os cinco candidatos à Presidência que já vinham contando com proteção policial: Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos) e Jair Bolsonaro (PSL). 

Advogado, o presidente do partido afirmou que enviará ainda hoje um ofício formalizando o requerimento à Polícia Federal por escrito.

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"A PF totalmente desconectada da realidade", criticou Bebianno. Segundo ele, a resposta da diretora foi que a corporação não pode por conta a legislação. "Tem uma resolução não sei das quantas", citou.

"Nós chegamos lá no Rio [depois de sair de Juiz de Fora] para levar a dona Michelle em casa e, com a casa vazia, ela não tinha a menor condição de ficar lá sozinha", disse.

"Imagina, com uma criança de 7 anos de idade [filha do casal]. Então, nós mobilizamos alguns policiais militares que são amigos da família e ficaram seis policiais ontem lá e fizeram a cobertura", relatou Bebianno, que viajou com a mulher de Bolsonaro.

Apesar de solicitarem que a PF faça a segurança dos familiares do candidato, a equipe de Bolsonaro  não enviou representante para uma reunião entre a corporação e as campanhas dos presidenciáveis ocorrida neste sábado em Brasília.

Bebianno disse que o partido não enviou representantes porque "a porta já teria sido arrombada" e questionou o porquê de outras campanhas participarem.

Agentes de segurança alertaram equipe de Bolsonaro dos riscos em multidões

Família vai procurar a PF na segunda-feira

A família Bolsonaro manifestou o temor com um novo episódio de violência direcionado a alguém próximo da família. Flávio disse que vai procurar a superintendência da PF na próxima segunda-feira (10).

O filho do presidenciável reclamou que a primeira coisa que deveria ter sido feita após o ataque a seu pai era "dar essa atenção especial  para a família, pelo menos para a esposa dele, parente que mora junto, para a filha dele".

"Isso tem que ser feito. [Em] qualquer país sério do mundo, teria sido a primeira coisa ser feita", declarou Flávio.

"Que isso sirva de reflexão para que se aumente…  ao avaliar o risco dos candidatos, para evitar algo como o que ocorreu com o meu pai. O Jair tem um risco muito maior em relação aos outros", acrescentou Flávio.

Veja como foi o ataque a Bolsonaro em MG

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