"TSE fará justiça. Não sou ladrão", diz Garotinho sobre candidatura barrada

Do UOL, no Rio

  • Rede Globo / Reprodução

    Anthony Garotinho disse acreditar que sua candidatura será liberada pelo TSE

    Anthony Garotinho disse acreditar que sua candidatura será liberada pelo TSE

O ex-governador Anthony Garotinho (PRP), candidato ao governo do Rio de Janeiro, afirmou acreditar que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o autorizará a disputar as eleições deste ano. A afirmação ocorre após o TRE (Tribunal Regional Eleitoral, instância mais baixa que o TSE) indeferir na semana passada seu pedido de registro de candidatura com base na Lei da Ficha Limpa.

"Tenho certeza que TSE fará justiça, eu não sou ladrão, não sou ficha suja e o povo do Rio de Janeiro me conhece", afirmou Garotinho durante entrevista ao telejornal RJ TV, da Rede Globo, nesta tarde de segunda-feira (10).

O TRE barrou a candidatura do político na quinta-feira porque ele foi condenado em julho por improbidade administrativa pela 15ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Pela Lei da Ficha Limpa, políticos condenados por órgãos judiciais colegiados (como a 15ª Câmara) ficam inelegíveis por seis anos.

Enquanto recorre dessa decisão à instância superior (TSE), Garotinho pode continuar fazendo campanha. Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira (6), está em terceiro lugar com 10% das intenções de voto. Ele está tecnicamente empatado com Romário (Podemos), com 14%, Tarcísio Motta (PSOL), com 7%, e Índio da Costa (PSD), com 5%. Eduardo Paes (DEM) lidera a pesquisa com 24%.

A Justiça entendeu que Garotinho desviou R$ 234 milhões da Secretaria de Saúde do Rio entre os anos de 2005 e 2006, quando sua mulher Rosinha Matheus era a governadora. A condenação diz que ele cometeu ato de improbidade administrativa com lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito de terceiros.

Na entrevista, Garotinho negou ter praticado irregularidades e disse que não houve enriquecimento ilícito porque seu patrimônio não aumentou. Ele desafiou os apresentadores do telejornal a encontrar contas no exterior ou cabeças de gado em seu nome.

Garotinho atribuiu essa condenação e duas outras acusações contra ele citadas na entrevista a uma suposta perseguição do grupo político do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), que está preso devido a uma série de processos por corrução. 

Propostas de campanha

Questionado sobre o motivo das estatísticas criminais do Rio terem crescido durante seu governo (1999 a 2002), Garotinho afirmou que informatizou as delegacias e disse que a uma suposta subnotificação dos crimes, que teriam passado a ser computados, teriam aumentado o número de casos de violência.

Ele propôs para a área da segurança investir em uma unidade tática da Polícia Militar que passaria a circular pela cidade em grupos de policiais em quatro caminhonetes, fortemente armados, para combater os chamados "bondes do crime" (comboio de criminosos armados que se desloca de carro entre favelas).

Também propôs retomar um programa de reestruturação da Polícia Civil de sua gestão chamado "Delegacia Legal".

Garotinho foi questionado se é contrário ao trabalho que vem sendo feito pela intervenção federal na segurança do Rio. Ele afirmou que criticou o fato de a intervenção ter começado sem planejamento. Em relação ao governo federal, ele também prometeu tentar renegociar a dívida do governo do Rio.

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