Marina Silva tem eleitor menos fiel entre principais candidatos ao Planalto

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

  • Fábio Motta/Estadão Conteúdo

A candidata à Presidência da República Marina Silva (Rede) tem o eleitor menos fiel entre os concorrentes ao Palácio do Planalto, segundo mostrou pesquisa Datafolha desta segunda-feira (10). Segundo o levantamento, 71% dos entrevistados que têm a intenção de votar nela podem mudar de ideia. Os demais 29% afirmaram que estão com o voto consolidado com a candidata. Esta é a menor taxa de fidelidade entre os cinco candidatos à Presidência mais bem colocados.

Quem conta com a intenção de voto mais fixada, de acordo com a pesquisa, é Jair Bolsonaro (PSL). Dos entrevistados que pretendem votar no capitão, 74% afirmaram estar totalmente decididos a votar nele e 26% disseram pode mudar de preferência. Fernando Haddad (PT), oficializado como candidato no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça, tem 67% das intenções dadas como certas, enquanto 33% são voláteis.

Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), ainda que não tanto quanto de Marina, também não estão com as intenções de voto tão consolidadas. Dos que declaram votar no pedetista, 58% podem trocar de candidato enquanto 60% dos que tendem a votar no tucano podem mudar de opinião.

Mais cedo, pelas redes sociais, Marina disse que a pesquisa é "o retrato de um momento" e que o voto "só é definido dia 7 de outubro", dia do primeiro turno. "Até lá vou andar em cada estado e cidade apresentando as minhas propostas", concluiu.

Um dos coordenadores da campanha da ex-ministra afirmou não enxergar o resultado como uma perda, por haver um cenário de disputa acirrada pelo segundo lugar.

"Os resultados das pesquisas são efêmeros. Vai ser assim o tempo todo, até o último dia da campanha. É uma eleição atípica, com muitos indecisos e muita gente insatisfeita. Podem mudar de opinião. Essa pesquisa [o resultado] já não pode ser a mesma daqui a uma semana", disse.

Segundo esse interlocutor, outros parâmetros também são utilizados para medir a popularidade da candidata, como o volume receptividade em agenda nas ruas, a simpatia dos eleitores e o engajamento nas redes sociais.

Na avaliação do coordenador, a campanha não enxerga a ideia de voto fidelizado como uma "coisa maravilhosa" posto que a Rede é uma sigla com três anos de existência concorrendo com outras com mais de 30 anos e máquinas partidárias estruturadas.

"Para quem quer a mudança com valores novos, é natural que os eleitores mais independentes sejam os nossos", concluiu.

Outra pessoa responsável pela campanha de Marina Silva disse que a fala da candidata tem sido "correta" e de união contra extremos, e deve continuar sem fazer críticas diretas aos adversários.

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