Em ato no Rio, Ciro alfineta adversários e promete tirar o estado da crise

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

  • Gabriel Sabóia/UOL

    Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência, fez caminhada em região central do Rio

    Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência, fez caminhada em região central do Rio

Durante ato de campanha pelas ruas do centro do Rio, nesta quarta-feira (12), o candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, alfinetou seus principais adversários na disputa pelo Planalto. Em discurso feito em cima de uma caminhonete, Ciro apelou para os eleitores de Fernando Haddad (PT), a quem definiu como "despreparado para o cargo" e, quando se referiu ao ataque a faca sofrido por Jair Bolsonaro (PSL) na última quinta-feira (6), foi irônico. "Indignação sem causa é ódio e aquilo que aconteceu com o 'candidato que não devemos falar o nome' não pode voltar a ocorrer", disse.

As contestações a Haddad vieram menos de 48 horas depois da pesquisa feita pelo instituto Datafolha e divulgada nesta segunda-feira (10), que apontou Ciro na segunda colocação da corrida eleitoral, com 13% das intenções de votos. Ele aparece atrás de Bolsonaro, que tem 24%, e tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede), que agora tem 11%. Já na pesquisa divulgada pelo Ibope, nesta terça-feira (11), Bolsonaro surge com 26% das intenções, enquanto Ciro, que tem 11%, também fica na segunda colocação.

Haddad, por sua vez, aparece com 9% das intenções de votos pelo Datafolha e 8% pelo Ibope. "O Haddad é meu amigo, bem intencionado, mas não conhece o Brasil por completo, ainda não está preparado", disse Ciro, que se apresentou como uma alternativa de esquerda na corrida eleitoral e se negou a responder aos jornalistas presentes se aposta as fichas na migração direta de votos do petista.

Bolsonaro, que lidera as pesquisas, também não escapou das alfinetadas de Ciro. "Precisamos tirar o Rio e o Brasil dessa crise em que se encontra. Como se faz isso? Fomentando empregos, reativando a indústria do petróleo e lutando para fazer o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj, em Itaboraí, no norte-fluminense) lucrativo de novo. Nós vamos entregar ele a quem? Ao Paulo Guedes (nome apontado por Bolsonaro como ministro da Fazenda em um eventual governo seu) para entregá-lo ao mercado estrangeiro?", questionou.

Ciro menciona corrupção e crise no Rio

No principal centro de consumo popular do Rio, o Saara, Ciro cumprimentou comerciantes e voltou a falar na criação de um programa de restituição de crédito popular, proposto por ele desde o início da campanha. "O Rio de Janeiro é o estado do Brasil com o maior índice de desemprego e, ao lado do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais, tem a crise mais aguda. Nós precisamos fazer esse Saara bombar, criar empregos e limpar os nomes dos trabalhadores. Desde já firmo o compromisso de renegociar a situação de crédito de 63 milhões de pessoas", disse o candidato, que foi aplaudido pelos comerciantes locais, apesar de não ter detalhado a proposta.

Ao lado do também pedetista Pedro Fernandes --candidato ao governo do Rio--, Ciro citou a corrupção que atingiu o estado nos últimos anos. "O Rio foi muito desrespeitado e precisa de uma gestão séria. Quem vota em mim, vota no Pedro, para que tudo isso que vimos nos últimos anos não volte a acontecer", concluiu o presidenciável.

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