Investigação sobre ataque a Bolsonaro está próxima do fim, diz ministro

Leonardo Martins e Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

  • Leonardo Martins/UOL

    Jungmann esteve em São Paulo para uma reunião com a cúpula da segurança pública estadual

    Jungmann esteve em São Paulo para uma reunião com a cúpula da segurança pública estadual

O ministro da Segurança, Raul Jungmann, afirmou na manhã desta sexta-feira (14) que a investigação da PF (Polícia Federal) sobre o ataque contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) está próxima do fim.

Questionado se o inquérito deveria ser finalizado antes do primeiro turno, o ministro respondeu esperar que sim. "Minha esperança é que sim. Mas, de fato, isso leva tempo", afirmou.

Segundo reportagem do UOL, a PF trabalha sob pressão para concluir o caso. A PF ainda precisa responder se o suspeito agiu a mando de outra pessoa e/ou se ele foi financiado por terceiros.

"Nós não descartamos nenhuma hipótese. Num primeiro momento, nós tínhamos as informações que nos remetiam ao agressor. Toda e qualquer questão, seja de presença de advogados, cartão, telefonema, laptop, celulares, tudo está sendo investigado", disse Jungmann.

O ministro afirmou que, se necessário, pode se abrir um segundo inquérito. "Isso, por enquanto, permanece como hipótese. Todas as mídias do Adélio [Bispo, o agressor] estão sendo periciadas."

Há um esforço para, no mais curto espaço de tempo, apresentar esse resultado.

Raul Jungmann, ministro da Segurança

Além da hipótese levantada por militantes pró-Bolsonaro, de que o agressor poderia ter sido financiado para realizar o ataque, a PF também apura informações que circularam nas redes sociais de que ele teria recebido a ajuda de uma mulher.

O ministro afirmou que as investigações já apontaram que é falsa a informação de que Adélio Bispo teria recebido a faca de uma mulher. Essa mulher, segundo Jungmann, era da equipe de Bolsonaro.

Uma outra informação desmentida diz respeito a um homem que desferido um soco contra Bolsonaro enquanto ele era socorrido. Foi comprovado que ele era um agente de segurança do candidato.

Haddad pediu segurança após candidatura

O ministro afirmou que, após o ataque a Bolsonaro, o único candidato que solicitou segurança à PF foi Fernando Haddad (PT). O pedido não havia sido feito antes porque ele era candidato a vice, numa chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Primeiro, é feito uma análise de risco para depois, então, você determinar uma equipe. Vai ter, pelo menos 25 agentes", disse.

À reportagem, o ministro disse que, caso o risco esteja acima do esperado, a qualquer candidato, o número de agentes pode ser elevado.

Antes de Haddad, já recebiam segurança da PF, durante a campanha, Bolsonaro, Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Jungmann esteve em São Paulo para uma reunião com a cúpula da segurança pública estadual. A ideia era analisar o sistema Detecta, que auxilia o trabalho das polícias de São Paulo. O ministro afirmou estar reunindo ideias para uma integração nacional da segurança.

Apenas duas polícias do mundo utilizam um sistema de monitoramento da criminalidade que é capaz de identificar uma atitude suspeita e alertar policiais: Nova York e São Paulo. Nos Estados Unidos, a tecnologia foi implantada em 2007. No Brasil, no segundo semestre de 2014, em plena campanha eleitoral. O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) tem citado o sistema em sua campanha.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos