Por falta de apoio, Collor renuncia à disputa pelo governo de Alagoas

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

O senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTC) anunciou, por meio de um vídeo, na noite desta sexta-feira (14), que desistiu da candidatura ao governo de Alagoas. O motivo alegado da renúncia foi a falta de "reciprocidade" do grupo de oposição a qual ele integra.

No vídeo divulgado, Collor alega que a candidatura dele surgiu porque foi procurado por um grupo político do estado que teria "feito apelo" para que aglutinasse e liderasse uma frente de oposição.

"Todos sabem do meu destemor. Cumpro com minha palavra, mas peço reciprocidade. Na ausência dela, perde sentido a missão a mim atribuída, e perde a candidatura o significado da existência. Deixo portanto a condição de candidato ao governo, ficando meu muito obrigado aos colaboradores e correligionários", disse.

Antes de anunciar disputa pelo governo, Collor chegou a se anunciar candidato à Presidência da República, mas acabou tendo a candidatura barrada pela direção nacional do PTC.

Cenário desfavorável

Collor era o segundo colocado em intenções de voto na disputa. Segundo levantamento do Ibope, divulgado no dia 16 de agosto, Collor tinha 22% das intenções de voto, contra 46% do atual governador Renan Filho (MDB).

Um dos pontos mais controversos da campanha foram os apoios conseguidos por Collor, entre eles o PSDB, que tinha o candidato a vice-governador na chapa, Kelmann Vieira. O apoio dos tucanos, entretanto, rachou o partido. O candidato tucano ao Senado, Rodrigo Cunha, e o ex-governador Teotonio Vilela Filho, afirmaram que não votariam em Collor.

Segundo a assessoria de Fernando Collor, por ora não há a informação se um nome irá substituir o candidato na disputa. A chapa não é obrigada a oficializar necessariamente o vice como o novo candidato.

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