Haddad adota cautela sobre pesquisa e propõe "cheque especial" para obras

Bernardo Barbosa

Do UOL, em Vitória da Conquista (BA)

  • Ricardo Stuckert/Divulgação

    Haddad cumprimenta apoiadores em campanha em Vitória da Conquista (BA)

    Haddad cumprimenta apoiadores em campanha em Vitória da Conquista (BA)

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad (PT), disse neste sábado (15) ver com cautela os resultados da pesquisa Datafolha de ontem, em que apareceu em segundo lugar no primeiro turno --empatado numericamente com Ciro Gomes (PDT)-- e atrás ou empatado tecnicamente nos cenários de segundo turno contra quatro candidatos.

"Eu sou sempre muito cauteloso com pesquisa", disse, após ato de campanha em Vitória da Conquista (BA). "Estamos no terceiro dia de campanha e sabemos que temos o melhor projeto."

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'Candidato há três dias só'

Haddad também citou o curto período após ter sido formalizado como candidato do PT entre os motivos para não aparecer na frente nos cenários de segundo turno.

"Eu sou candidato há três dias só. Pedir para um candidato, em três dias só, ser o campeão do segundo turno em todos os cenários... Nós vamos chegar lá", afirmou.

Apesar de ter sido anunciado como o candidato do PT na terça-feira (11), no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Haddad já vinha fazendo campanha há cerca de um mês como vice da chapa. 

Um dos principais desafios de Haddad é se tornar conhecido do eleitorado de Lula, que vinha dando ao ex-presidente patamares de intenção de voto acima de 30% no fim de agosto, o que o deixava na liderança. No Datafolha de ontem, Haddad teve 13%, e Jair Bolsonaro (PSL) liderou, com 26%.

'Cheque especial' para retomar obras paradas

Uma das principais propostas de Haddad é a retomada de obras públicas paradas como forma de gerar empregos. O candidato negou que o governo, cujas contas já estão no vermelho, vai se endividar mais com essa política e falou na criação de um "cheque especial" para esse investimento.

"Tem que ter uma conta especial, uma espécie de cheque especial, a juro baixo, para terminar as obras que estão com 70%, 80% concluídas, para não perder o dinheiro do povo que já está lá enterrado", afirmou.

Segundo ele, os recursos para essa conta virão da revisão do teto de gastos adotado pelo governo de Michel Temer (MDB). Uma eventual mudança nessa política precisa ser aprovada pelo Congresso.

"Quando a gente for rever o teto de gasto, nós vamos voltar para uma matriz fiscal sustentável, mas com uma conta de investimento para geração de emprego. Uma conta que tem que durar um tempo para a retomada da economia", disse.

Avanço segundo o Datafolha

A nova pesquisa Datafolha, divulgada na noite de sexta-feira (14), apontou o crescimento de Haddad nas intenções de voto.

O levantamento do Datafolha foi realizado nesta quinta (13) e sexta-feira (14) com 2.820 eleitores de 187 municípios brasileiros. A pesquisa foi contratada pela Folha de S. Paulo e pela TV Globo e está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como BR-05596/2018.

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