França pergunta de precatórios a Doria, fica sem resposta e ironiza tucano

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em São Paulo

  • GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDO

    16.set.2018 - João Doria (e), do PSDB, responde pergunta de Márcio França (d), do PSB, durante o debate da TV Gazeta entre candidatos ao governo de São Paulo

    16.set.2018 - João Doria (e), do PSDB, responde pergunta de Márcio França (d), do PSB, durante o debate da TV Gazeta entre candidatos ao governo de São Paulo

No terceiro debate entre os candidatos ao governo de São Paulo, realizado neste domingo (16), o governador de São Paulo que tenta reeleição, Márcio França (PSB), perguntou para João Doria (PSDB) qual o valor dos precatórios (parte das dívidas do estado reconhecidas pela Justiça) que o Estado de São Paulo tem. O tucano se esquivou e disse que a questão é importante e São Paulo precisa de gestão do gasto público.

Na réplica a Doria, França ironizou o slogan adotado pelo tucano. "Acelera, acelera, mas se não engatar o carro, São Paulo não anda" e reforçou o pedido para que fosse apresentado o número de precatórios. Doria não respondeu o número exato. Momentos depois, em outra pergunta, o governador, aproveitou uma pergunta de Paulo Skaf (MDB) e disse que o valor gira em torno de R$ 23 bilhões.

"Repetindo a pergunta, quanto que São Paulo deve de precatório, João, porque um empresário, uma pessoa importante como você não assumiria o governo sem saber quanto é a dívida de São Paulo, é o mínimo para a pessoa poder se candidatar a governador", disse França na réplica.

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Doria respondeu que São Paulo precisa de boa gestão e "eficiência na área fazendária, fazer aquilo que você [França] não está fazendo, aliás, à frente do Governo do Estado de São Paulo". Ainda sem responder, o tucano acusou França de suspender contratos com prefeitos que não o apoiassem.

O governador interrompeu Doria e perguntou pela terceira vez: "Qual é o número, João?". Nos segundos que restavam, Doria disse que quer falar de propostas e não ser interrompido.

No terceiro bloco do debate, Doria e França tiveram a primeira oportunidade de se enfrentarem após as ironias do governador sobre a falta de resposta de Doria. O socialista disse que quer abrir todos os AMES (Ambulatório Médicos de Especialidades) aos finais de semana e pediu a opinião de Doria.

O tucano voltou à questão dos precatórios e respondeu que o governador faz pegadinhas e que isso "pega mal em debates" e chamou França de "vice decorativo". Você errou o número de precatórios. Você disse que são R$ 23 bilhões, mas são R$ 22 bilhões", afirmou Doria.

Em respostas. França disse que Doria errou e o correto é R$ 23 bilhões. "João, não sei por que você ficou nervoso. As pessoas te contraiam e você fica bravo, fica nervoso. Na política você tem que aceitar", disse.

Além de França, Doria e Skaf, participam do debate os candidatos Luiz Marinho (PT), Professora Lisete (Psol), Rodrigo Tavares (PRTB) e Marcelo Candido (PDT). O debate é realizado em São Paulo pela TV Gazeta em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, Rádio Jovem Pan e Twitter.

A última pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira (10) - a primeira do instituto após o início do horário eleitoral gratuito na TV e no rádio - apontou que Skaf tem vantagem numérica sobre Doria (22% a 21%), mas continuam tecnicamente empatados na disputa pelo governo de São Paulo. É a primeira vez que o candidato do MDB aparece à frente desde o início das pesquisas Ibope e Datafolha para o posto. Márcio França tem 8% das intenções de voto, segundo o Ibope.

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