Sem Mourão, cúpula da campanha de Bolsonaro se reúne em São Paulo

Gustavo Maia

Do UOL, em São Paulo

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    Major Olímpio (PSL-SP), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Magno Malta (PR-ES) e Paulo Guedes (último à direita), consultor na área de economia, entre outros aliados de Bolsonaro que se reuniram em hotel de SP

    Major Olímpio (PSL-SP), Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Magno Malta (PR-ES) e Paulo Guedes (último à direita), consultor na área de economia, entre outros aliados de Bolsonaro que se reuniram em hotel de SP

Enquanto o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) segue internado sem previsão de alta no hospital Albert Einstein, em São Paulo, integrantes da cúpula da campanha do candidato estão reunidos na cidade na tarde desta terça-feira (18) para discutir metas para o fim da corrida eleitoral.

O encontro é marcado pela ausência do general Hamilton Mourão (PRTB), vice na chapa de Bolsonaro, e de qualquer integrante do seu partido, o único que se coligou nacionalmente ao PSL.

Procurado pela reportagem, o militar da reserva do Exército disse que ele e a sigla estão sendo representados pelo também general Augusto Heleno, que chegou a ser convidado para ser vice antes de Mourão. Heleno é filiado ao PRP --que, por sua vez, barrou a aliança com Bolsonaro, em julho, sigla diferente da de Mourão.

O candidato a vice participou de palestra na capital paulista pela manhã e tem evento com empresários marcado para as 19h em Botucatu, a cerca de 230 km da capital. Ele informou que no momento da reunião estava se deslocando para o município do interior.

Na noite desta segunda (17), Mourão fez uma visita discreta a Bolsonaro no hospital. Foi apenas o segundo encontro entre os dois desde que ele foi transferido para São Paulo, no último dia 7. Desde então, o general tem percorrido o país em atos previamente agendados.

Depois de ver o companheiro de chapa, ele foi questionado pela reportagem sobre atritos entre PSL e PRTB, que tentou emplacá-lo como substituto de Bolsonaro durante sua recuperação, inclusive em debates. "Toda coligação de partido você tem que fazer os ajustes, né? Então tá ajustado, tudo tranquilo, sem problema", respondeu.

Gustavo Maia/UOL
Hotel onde aliados de Jair Bolsonaro estão reunidos, em SP

"Eu canso de dizer: essas coisas você não pode dar bola, porque isso aí só gera atrito, né? E no atrito você perde energia e gera calor. Deixa passar que isso passa. Já passou", comentou Mourão.

A reunião de aliados de Bolsonaro acontece 12 dias depois de o deputado federal ter levado uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Por conta do ferimento, ele já passou por duas cirurgias e ainda deve ser submetido a outra operação.

Além de Heleno, outras 11 pessoas participam do encontro, em um quarto de um hotel de luxo nos Jardim Paulista, um dos mais nobres bairros da capital paulista. Entre eles estão dois filhos do presidenciável, Flávio e Eduardo Bolsonaro, respectivamente deputado estadual do Rio de Janeiro e deputado federal de São Paulo.

Também estão no local o presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, e o licenciado, Luciano Bivar, o vice-presidente da sigla, Julian Lemos, e um ex-presidente da legenda, o advogado Antonio de Rueda.

Completam a lista de participantes o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador do plano de governo, o economista Paulo Guedes, o senador Magno Malta (PR-ES), o ruralista Nabhan Garcia, e o deputado federal Major Olimpio, presidente do PSL em São Paulo e candidato ao Senado.

O outro filho de Bolsonaro que é político, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), ficou no hospital acompanhando o pai.

Iniciada por volta das 15h30, esta é a primeira reunião formal da cúpula da campanha desde o ataque. Segundo Bebianno, é também a primeira vez que o hotel George V Casa Branca é utilizado por eles.

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