Doria diz que PSOL invade propriedades, e Lisete o chama de "propagandeiro"

Do UOL, em São Paulo

19/09/201819h21 > Atualizada 19/09/201822h01

Eleições 2018

Durante o debate promovido com os candidatos ao governo de São Paulo, por UOL, Folha e SBT, nesta quarta-feira (19), João Doria (PSDB) atacou o PSOL, através da candidata Lisete Arelaro, afirmando que o partido costuma fazer invasões de terra e proteger pessoas com a ficha suja.

A candidata contrapôs o tucano, relembrando que Doria incorporou a uma casa de sua propriedade parte do terreno que pertencia à prefeitura de Campos do Jordão, no interior. Depois de ter sido condenado pela Justiça a devolver a área pública, o tucano comprou a viela junto à gestão municipal.

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Doria foi provocado pela professora do PSOL a responder sobre sua renúncia à prefeitura da capital, para disputar o governo, e a respeito de filas de espera em hospitais municipais. Na resposta, Doria disse que a professora era "desinformada" e que deveria voltar ao banco de alunos da escola. Em seguida, criticou o partido dela, que tem como candidato à Presidência Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto);

"Vamos fazer aquilo que seu partido não sabe fazer: boa gestão, eficiência, valorização do trabalho, geração de emprego. Não vamos estimular invasão de propriedade, invasão de terra, invasões rurais, que o seu partido, PSOL, adora fazer. Nem vamos proteger pessoas que têm ficha suja", afirmou o candidato tucano.

A professora contra-argumentou: "Quem aqui costuma invadir terrenos não é necessariamente o PSOL. Parece que o senhor, há muito pouco tempo, regularizou a sua situação em Campos do Jordão. Eu acho até que o senhor não é gestor. Eu acho que sou uma boa professora gestora", disse.

Na sequência, Lisete chamou Doria de "propagandeiro", relembrando que o candidato tucano teve uma propaganda suspensa porque usou imagem de creches dos EUA como se tivessem sido gravadas em São Paulo. Doria retrucou afirmando que Fernando Haddad (PT) fez o mesmo quando tentou a reeleição em 2016.

O debate acontece em meio à sucessão estadual mais disputada dos últimos 16 anos. Foram convidados sete candidatos: João Doria (PSDB), Lisete Arelaro (PSOL), Luiz Marinho (PT), Marcelo Cândido (PDT), Márcio França (PSB), Paulo Skaf (MDB) e Rodrigo Tavares (PRTB).

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Debate com presidenciáveis vai ocorrer em 26/09

O debate com os candidatos à sucessão de Michel Temer (MDB) ocorrerá no dia 26 de setembro e terá duração de 1h45: das 17h45 às 19h30. Será realizado novamente no estúdio do SBT e transmitido ao vivo pelos veículos organizadores.

Foram convidados nove candidatos: Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).

Bolsonaro, internado em razão de um ataque a faca sofrido no último dia 6, tem até o dia 25 de setembro para confirmar a presença. Em reunião entre os veículos e as campanhas, nessa segunda-feira (17), a representante do candidato ainda não soube informar se ele terá condição de participar.

O critério adotado foi o da legislação eleitoral, que determina a presença de candidatos de partidos ou coligações que tenham ao menos cinco representantes no Congresso Nacional.