O Brasil não aguenta outro presidente fraco, diz Ciro sobre Haddad

DO UOL, em São Paulo

  • Dario Oliveira/Estadão Conteúdo

De olho em um eventual segundo turno, o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, voltou a atacar seu adversário na disputa Fernando Haddad (PT) nesta quarta-feira (19). Ciro comparou uma possível eleição do ex-prefeito de São Paulo ao mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e disse que o Brasil não "suporta mais um presidente fraco que tenha de consultar o seu mentor".

Desde que foi oficializado como candidato do PT, em 11 de setembro, Haddad subiu de 8% para 19% nas intenções de votos segundo pesquisa Ibope divulgada na última terça-feira (18). Jair Bolsonaro (PSL) lidera com 28% e Ciro aparece em terceiro com 11%.

"O Brasil não suporta mais um presidente fraco que tenha de consultar o seu mentor. Foi assim com a Dilma, uma pessoa honrada, mas sem experiência e maturidade política, eleita na popularidade do Lula e que, na hora da crise, nomeou Lula ministro. Se apertar, o Haddad vai fazer o quê? Ir para Curitiba?", disse Ciro em sabatina da rádio CBN e do site G1.

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Haddad disse na sabatina do UOL em parceria com a Folha e o SBT que, caso eleito, manterá visitas a Lula na prisão. "Considero ele um grande conselheiro e terá [em um eventual governo] um papel destacado em aconselhamento", disse. "Jamais dispensaria a experiência do presidente Lula. Ele será meu interlocutor permanente, é uma pessoa que admiro profundamente e vítima de uma injustiça será reparada o quanto antes", completou.

Perguntado na sabatina desta quarta-feira (19) se pensa em apoiar Haddad em um eventual segundo turno entre o petista e Bolsonaro, Ciro disse que ainda não pensa neste cenário. "Nem a pau, Juvenal. Aceitaria o apoio dele, mas ele está se mostrando inexperiente ou arrogante, já se acha vitorioso, sabe do risco de perder para o Bolsonaro", afirmou.

Ontem, após outra pesquisa apontar a subida de Haddad, Ciro adotou discurso contrário ao chamado voto útil. O pedetista afirmou que "para um democrata, a presunção é confiança no voto popular. Então, acredito que essa história de voto útil é um insulto à experiência popular".

Ciro também procurou afastar seu projeto de governo do adotado pelo petista. "Se olhar para os últimos 16 anos, estivemos juntos e tentei ajudar. Mas o projeto que eu advogo para o Brasil não é o mesmo do PT. Quero ajudar a população a por um fim nessa violência odienta, nesse sectarismo e radicalização política que infelizmente está levando nossa economia para o brejo", disse.

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