Twitter dos Bombeiros de MG é invadido por apoiador de Bolsonaro

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

  • Reprodução/Twitter

    20.set.2018 - Post na página dos Bombeiros de Minas Gerais com mensagem de Jair Bolsonaro (PSL)

    20.set.2018 - Post na página dos Bombeiros de Minas Gerais com mensagem de Jair Bolsonaro (PSL)

Cinco dias após uma invasão da página no Facebook do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, hackers que apoiam o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) invadiram o Twitter oficial do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais na manhã desta quinta-feira (20). O responsável pela publicação compartilhou tuíte do candidato à Presidência pelo PSL. Com isso, além de compartilhar a postagem, o Twitter dos Bombeiros também acabou sendo usado para curtir mensagens de apoio ao candidato. Prints do conteúdo colocado pelo hacker também circulam pelas redes sociais.

A mensagem foi apagada logo após ter o comando da corporação ter detectado a invasão. Também por meio do Twitter, o comando informou que acionou o setor de inteligência da corporação para identificar o responsável pela invasão da página. A exemplo de qualquer instituição pública, os Bombeiros são proibidos por lei de fazer qualquer tipo de exibição de cunho político ou eleitoral. O comunicado explica também que a corporação "não possui vínculo e que não apoia qualquer candidato a presidente".

Na primeira mensagem no Twitter, o comando informou que as páginas "foram alvos de acesso não autorizado" e, imediatamente, "apagadas". Na postagem seguinte, o comando afirma que o setor de inteligência da corporação foi acionado "para identificação do responsável pela invasão".

A assessoria de Bolsonaro e do PSL não comentaram o episódio até o momento.

A página do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que reúne mais de um milhão de eleitoras, foi invadida na noite do sábado (15) e recheada de conteúdo pró-Bolsonaro. Em menos de 24 horas, porém, a página foi restaurada. Na tarde do domingo (16), porta voz do Facebook informou que estava "trabalhando para esclarecer o que aconteceu" e que a página havia sido restaurada em entregue para o grupo de mulheres que a administra.

"O grupo foi removido. Detectamos atividades suspeitas e estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras", disse o porta-voz.

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