Bolsonaro e Alckmin batem boca no Twitter durante o fim de semana

Beatriz Montesanti

Do UOL, em São Paulo

Bolsonaro é "mentiroso", "espalha fake news" e "só defende seus próprios privilégios". As acusações feitas por Geraldo Alckmin a seu rival na noite deste domingo (23) no Twitter são apenas as últimas de uma troca de farpas protagonizada pelos dois presidenciáveis ao longo de todo o fim de semana. 

A peleja teve início fora da rede social. Na terça-feira (18), aliados de Alckmin se reuniram e disseram que, estagnado nas pesquisas eleitorais, o candidato do PSDB elevaria o tom na campanha contra Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Na propaganda na TV e no rádio, a campanha de Alckmin começou atacar Bolsonaro (PSL), que chamou a ação de "covardia" em uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Na manhã de sábado (22) o bate-boca passou para as redes sociais. Alckmin publicou no Twitter que covardia é "desrespeitar mulheres, negros e pobres." O militar revidou, no dia seguinte, dizendo que desrespeitoso é "deixar as crianças sem merenda nas escolas" - em referência a uma investigação de fraudes na compra de merenda escolar em São Paulo envolvendo membros do PSDB. 

"O histórico do Bolsonaro é o pior possível. Sempre votou contra o interesse nacional e a favor do corporativismo", respondeu o tucano nas mensagens mais recentes dessa troca de farpas. "Mais uma vez Bolsonaro mostra seu lado mentiroso e espalha fake news", completou em outro tuíte. 

Alckmin tem intensificado seus ataques a Bolsonaro em uma tentativa de chegar ao segundo turno. Bolsonaro lidera a corrida eleitoral com 28% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha realizada na semana passada. Ele é seguido pelo petista Fernando Haddad (16%). Ciro tem 13% e Alckmin 9%.

Uma propaganda de TV divulgada por sua campanha na semana passada acusa o candidato do PSL de querer taxar a população com a criação de uma nova CPMF e o compara ao presidente venezuelano Nicolás Maduro. 

Na terça-feira (18), o tucano afirmou que o PT já está no segundo turno da eleição e que Bolsonaro tende a cair. "Precisamos é escolher quem vai contra o PT para vencer o PT no segundo turno, esse é o fato", afirmou, durante evento da revista Veja em São Paulo. 

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