Bolsonaro continua com boa evolução e começa a planejar saída do hospital

Gustavo Maia

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução

    Ontem, Bolsonaro recebeu a visita do pastor Marco Feliciano (Podemos-SP)

    Ontem, Bolsonaro recebeu a visita do pastor Marco Feliciano (Podemos-SP)

Internado desde que levou uma facada no abdômen há 20 dias, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) continua em boa evolução clínica, sem dor ou sinais de infecção. A informação consta do boletim médico divulgado na tarde desta quarta-feira (26) pelo Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.

Embora não apareça no comunicado oficial, a previsão dos médicos é que o candidato ao Palácio do Planalto tenha alta nesta sexta-feira (28), a nove dias do primeiro turno, que acontece em 7 de outubro.

O deputado federal deve ser levado para o Rio de Janeiro, mas ainda não se sabe como será a saída do hospital ou a viagem para a capital fluminense, onde ele mora com a família.

O comunicado de ontem (25) já informava que Bolsonaro apresentava "boa evolução clínica", que não tinha disfunções orgânicas e que havia iniciado dieta branda, com boa aceitação.

Os dois boletins informaram que estão sendo mantidas as medidas de prevenção de trombose venosa, sendo realizados exercícios respiratórios de fortalecimento muscular e períodos de caminhada fora do quarto.

A nota foi assinada pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, pelo clínico e cardiologista Leandro Echenique e pelo diretor superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo.

Mais cedo, um dos filhos do presidenciável, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), que acompanha o pai no hospital desde o ataque, pediu que todos o que se preocupam com ele "não insistam em visitas pois há risco de contaminação e derivações, mesmo que esteja se recuperando de maneira satisfatória".

"Peço a compreensão de todos. Um forte abraço!", escreveu, em postagem no Twitter.

Na madrugada desta quarta, a advogada Janaina Paschoal, que é candidata do PSL a deputada estadual em São Paulo, disse que já foi três vezes ao hospital Albert Einstein, mas não conseguiu visitar Bolsonaro.

Nos últimos dias, depois que Bolsonaro deixou a unidade de terapia semi-intensiva do hospital, visitas de aliados se intensificaram.

Ontem, ele recebeu a visita do pastor e deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP)

Segurança e saída do hospital

Seguranças terceirizados do hospital e os agentes da Polícia Federal que, por lei, acompanham Bolsonaro desde que ele foi oficializado como candidato à Presidência, em julho, devem se reunir nesta quinta (27) para definir o esquema de segurança da saída do deputado federal do hospital.

Questionada pela reportagem, a assessoria do hospital informou que ainda não há posição oficial sobre o assunto. O presidente em exercício do PSL, Gustavo Bebianno, afirmou ao UOL na tarde desta quarta que a forma de transferência para o Rio ainda está em discussão entre a família e a cúpula da campanha.

Ontem, o deputado federal Major Olímpio (PSL-SP), candidato ao Senado, visitou Bolsonaro e brincou que propôs ao aliado que percorresse as ruas de São Paulo dentro de uma espécie de "papamóvel", exposto à população. É o oposto do cenário ideal planejado pelos seguranças do hospital, que querem que o paciente deixe o local discretamente, de helicóptero.

A reportagem apurou, no entanto, que a tendência é que Bolsonaro queria deixar o Albert Einstein andando, apesar da preocupação de haver empurra-empurra perto dele.

Veja como foi o ataque ao candidato Jair Bolsonaro

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