Marina e Haddad travam embate sobre apoio a Temer e ao impeachment

Guilherme Mazieiro e Luís Adorno

do UOL, em São Paulo

Os candidatos Fernando Haddad (PT) e Marina Silva (Rede) entraram em um embate sobre o impeachment e as reformas feitas pelo governo Michel Temer (MDB) durante o debate entre presidenciáveis promovido nesta quarta-feira (26) por UOL, Folha e SBT.

Leia mais sobre o debate UOL/Folha/SBT:

Haddad perguntou se a candidata é a favor do teto de gastos e da nova legislação trabalhista, aprovados pelo atual governo. Marina respondeu que é fundamental recuperar a credibilidade do país para melhorar o emprego e afirmou que não vai congelar gastos públicos "como fez o governo do Temer que foi colocado onde está pelo Partido dos Trabalhadores junto com a Dilma [Rousseff] que o escolheu para ser vice [presidente]".

O petista retrucou à crítica de Marina e afirmou que "quem botou o Temer lá foram vocês [oposição]. O Temer traiu a Dilma e não conseguiria chegar à Presidência se não fosse o apoio da oposição. Você participou desse movimento pelo impeachment para colocar o Temer lá com as consequências conhecidas".

Marina reiterou que o PT se juntou com o Temer para levar o Brasil para "o buraco". Temer foi vice de Dilma nas duas eleições vencidas pela petista. "É muito engraçado, Haddad, você vir falar do Temer e do impeachment, quando você foi pedir a bênção para o [senador] Renan Calheiros (MDB), que também apoiou o impeachment. São dois pesos e duas medidas".

Participaram também do debate desta quarta Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Guilherme Boulos (Psol).

Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu porque está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele se recupera desde o último dia 6, quando foi esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

De acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (26), Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa, com 27% das intenções. Ele é seguido por Fernando Haddad (PT), com 21%, Ciro Gomes (PDT), com 12%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%, e Marina Silva (Rede), com 6%. A margem de erro é de dois ponto percentuais.

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