Meirelles celebra ironia de Marina contra ele e mira votos de Bolsonaro

Leonardo Martins

Do UOL, em Osasco (SP)

Candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles comemorou o ataque que recebeu de Marina Silva, candidata da Rede, durante o debate do UOL, em parceria com Folha de S.Paulo e SBT, nesta quarta-feira (26), em São Paulo.

Em suas considerações finais, na qual o candidato tem um minuto para falar livremente ao fim do último bloco do debate, Marina Silva ironizou o principal slogan da campanha de Meirelles, a frase "chama o Meirelles". "Quando tem uma briga em casa, ninguém pensa em 'chamar o Meirelles'. [Você] Chama a mãe, a tia, a avó", disse a candidata, acenando ao eleitorado feminino e enaltecendo o poder de diálogo das mulheres dentro de casa.

Leia mais sobre o debate UOL/Folha/SBT:

Meirelles celebrou. "Eu me senti extremamente gratificado [com a ironia de Marina]. Os candidatos começaram a ficar preocupados comigo, e isso é bom. Ela [Marina] está me chamando, ela está repetindo aquilo que é o tema da campanha. Muito bom, tem que repetir mais, espero que todos repitam também", afirmou, gesticulando com as mãos.

Indagado pela reportagem sobre a sua estratégia no debate, o ex-ministro endossou que vai conseguir pra si os votos de Jair Bolsonaro (PSL), que é líder nas últimas pesquisas, uma vez que, ainda segundo ele, os eleitores de Bolsonaro são "contra o PT" e têm "medo da violência".

"Vamos trazer o voto do Bolsonaro, sim, porque as pessoas estão contra ele porque são contra o PT [Partido dos Trabalhadores] ou porque estão com medo da violência no país. Minha proposta é combater com inteligência e não com força bruta e elas vão entender que é o melhor", endossou.

Meirelles afirmou que também tirará votos da esquerda nestas eleições. "Teremos eleitores do Bolsonaro, mas também os votos da esquerda, porque criei emprego, renda e beneficiei a população de menor condição no país."

O candidato diz não pensar em quem apoiar no segundo turno, já que, segundo ele, "as chances de ir para o segundo turno são muito grandes. Eu estou crescendo, candidatos que estão estagnados podem considerar a opção de sair ou apoiar [algum candidato], eu vou chegar".

Participaram também do debate, além do ex-ministro e da ex-senadora, Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Guilherme Boulos (Psol).

Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu porque está internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ele se recupera desde o último dia 6, quando foi esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

De acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (26), Jair Bolsonaro (PSL) lidera a disputa, com 27% das intenções. Ele é seguido por Fernando Haddad (PT), com 21%, Ciro Gomes (PDT), com 12%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%, e Marina Silva (Rede), com 6%. A margem de erro é de dois ponto percentuais.

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