País quer democracia, não ditadura, diz Haddad sobre 2º turno com Bolsonaro

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

O candidato do PT a presidente, Fernando Haddad, disse que não irá fazer ataques aos adversários em sua campanha e falou que o Brasil "não quer ditadura" ao comentar sobre uma possível disputa contra Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno.

Haddad foi questionado, nesta quarta-feira (26), sobre anúncios promovidos pelo candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, em que a campanha do tucano diz que votar em Bolsonaro é permitir a volta do PT ao Planalto.

De acordo com a última pesquisa feita pelo Ibope, o candidato do PSL aparece na liderança com 28% das intenções de voto, seguido por Haddad, com 22%. Alckmin aparece com 8%, atrás de Ciro Gomes (PDT), com 11%, que está na terceira posição.

Segundo Haddad, a linha de sua campanha é propositiva. "Você vê que a nossa campanha não faz ataques a nenhuma outra candidatura".

Para ele, "o Brasil está precisando de mais paz e respeito mútuo". "Então, nossa linha de campanha até o final vai ser de propostas e não ataques. Eu penso que eles estão fazendo muito ataques e poucas propostas".

O candidato, então, disse que a linha de evitar ataques deve ser mantida inclusive em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, crítico do PT. "Mais proposta, e não ataque. O país quer paz e democracia, não quer ditadura. Quer discutir direitos, trabalho e educação. O país quer olhar para o futuro, quer olhar para como nós vamos fazer para tirar o país da crise".

Também nesta manhã, Bolsonaro usou seu perfil no Twitter para dizer que alguns "insistem em falácias, rótulos e na fixação pela palavra 'ditadura'". "Nosso país não aguenta mais 4 anos do que nos governa há décadas! Vamos dar o primeiro passo para resgatar nossa pátria!", escreveu.

Para Haddad, campanhas que atacam adversários não estão "contribuindo para aquilo que o país precisa construir, que é um ambiente de mais diálogo, mais proposição, mais respeito mútuo".

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", alguns dirigentes petistas avaliam a necessidade de críticas a Bolsonaro no âmbito das propostas de economia. Em entrevista ao UOL, na segunda-feira (26), a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que a campanha não deverá fazer ataques a adversários

Gleisi: seria sacanagem querer que Haddad seja Lula

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos