Delegado da PF rebate crítica e diz que investigação sobre facada é técnica
Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília
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FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO
O delegado da Polícia Federal Rodrigo Morais rebateu nesta sexta-feira (28) críticas ao andamento da investigação sobre o ataque contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A Polícia Federal apresentou hoje as conclusões do inquérito em entrevista a jornalistas.
Bolsonaro e seu filho Flávio Bolsonaro (PSL), candidato ao Senado pelo Rio, criticaram o andamento das investigações.
Flávio afirmou ver "descaso por parte de quem está tocando a investigação", e Bolsonaro disse acreditar que a PF atuava para "abafar o caso".
Indagado sobre as críticas da família, o delegado afirmou que esses "comentários" não pautam as investigações, que são técnicas.
"Isso não incomoda porque o trabalho é técnico. Essa hipótese de envolvimento de terceiros nunca foi descartada, desde o início da investigação nós trabalhamos com isso. Comentários, a gente não trabalha pautado por esse tipo de coisa", afirmou Morais.
O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, que confessou o crime, será indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.
Segundo o delegado, crime foi motivado por discordância política e a investigação aponta que o agressor agiu sozinho.
"Ficou claro ali que o motivo realmente era o inconformismo político do senhor Adélio, em razão de discordar com algumas opiniões políticas e alguns discursos que o candidato defendia", disse o policial.
"Chegamos à conclusão de que naquele dia naquele momento o senhor Adélio teria agido sozinho, não contou com a participação de ninguém", afirmou Fernandes.
Apesar da conclusão de que o agressor agiu sozinho no momento do ataque, a Polícia Federal abriu um segundo inquérito para apurar se houve a participação de outras pessoas no crime.
O delegado afirmou, no entanto, que até o momento não há indícios de que haja o envolvimento de mais pessoas no crime. "Até agora, como eu disse, não tem nada nesse sentido", disse Morais. Segundo o delegado, no interrogatório, Adélio disse ter agido sozinho.
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