Mídia lança ataques para me desconstruir, diz Bolsonaro

Do UOL, no Rio

  • Reprodução/Instagram

    Bolsonaro postou foto nesta sexta na qual aparece se barbeando no banheiro do hospital Albert Einstein. "Me preparando para voltar à ativa!", comentou o candidato

    Bolsonaro postou foto nesta sexta na qual aparece se barbeando no banheiro do hospital Albert Einstein. "Me preparando para voltar à ativa!", comentou o candidato

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) escreveu nesta sexta-feira (28), em sua conta no Twitter, que "mais uma vez parte da mídia de sempre lança seus últimos ataques na vã tentativa" de desconstruí-lo. Embora não mencione nenhum veículo de comunicação, a mensagem é uma resposta a reportagem da revista "Veja" que relata detalhes de um processo judicial em que o político disputava a guarda do filho com a ex-mulher.

Na reportagem, publicada na quinta-feira (27) no site da revista e que estampa a capa da edição de outubro, há relatos que indicam que a ex-mulher de Bolsonaro afirmou que ele furtou um cofre em uma agência do Banco do Brasil, em outubro de 2007, com cerca de R$ 1,6 milhão.

Em novo tuíte, às 12h30, Bolsonaro voltou a atacar a imprensa e a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Diferente do candidato presidiário, sempre me posicionei contra o controle da mídia. Mesmo assim sou o alvo favorito. Parece que a liberdade não interessa para parte da imprensa aparelhada, mas apenas as relaçõe$ promíscuas com a esquerda, nocivas à informação e à democracia", declarou.

A reportagem afirma que a ex-mulher de Bolsonaro Ana Cristina Siqueira Valle chegou a registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia fluminense, mas a investigação foi encerrada sem qualquer resultado.

A "Veja" também diz que Bolsonaro ocultou patrimônio pessoal da Justiça Eleitoral em 2006. À época candidato a deputado federal, ele teria declarado que possuía um terreno, uma sala comercial, três carros e duas aplicações financeiras, que somavam, na ocasião, cerca de R$ 434 mil.

Sua ex-mulher, no mesmo processo, anexou uma relação de bens e a declaração do imposto de renda do ex-marido, mostrando que seu patrimônio incluía também três casas, um apartamento, uma sala comercial e cinco lotes. Os bens do casal, em valores de hoje, somariam cerca de R$ 7,8 milhões.

A revista diz ter tido acesso a mais de 500 páginas do processo, que tramita na 1ª Vara de Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, contém uma série de acusações mútuas. A ex-mulher também relatou, no âmbito da ação, que o presidenciável recebeu pagamentos não declarados durante o exercício do mandato parlamentar e agia com "desmedida agressividade".

O casamento de Bolsonaro e Ana Cristina durou dez anos. A separação foi oficializada em 2008. Na época da ação na 1ª Vara Familiar, os dois disputavam a guarda do filho, Renan, hoje com 20 anos.

À revista, a advogada negou as acusações do passado. "Quando você está magoado, fala coisas que não deveria", afirmou.

Candidata nas eleições 2018 a deputada federal pelo Podemos do Rio, Ana Cristina usa o sobrenome do presidenciável no material de campanha.

Ameaça de morte

Nesta semana, reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" mostrou que Ana Cristina afirmou a um funcionário da embaixada do Brasil na Noruega ter sido ameaçada de morte por ele. O episódio ocorreu em 2011, segundo confirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" o então embaixador em Oslo, Carlos Henrique Cardim.

O relato foi registrado em um telegrama interno do Itamaraty. Questionada, a advogada também negou a versão contida no documento do Itamaraty.

"Numa separação sempre há tensões, mas jamais falei aquilo, nem meu (atual) marido falou. Não faço ideia de como surgiu essa história", disse ela em sua casa, em Resende, no sul fluminense, ao "Estado".

Um dia após a divulgação do documento do Itamaraty que menciona a suposta ameaça, a advogada disse estar "indignada". Além do sobrenome do ex-marido, Ana Cristina adota ideais semelhantes aos de Bolsonaro.

"Sou contra o aborto, contra a cartilha que vinha sendo disponibilizada nas escolas infantis contendo material sexual e a favor da redução da maioridade penal", afirmou.

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