Haddad arrecada mais de R$ 500 mil em 15 dias de vaquinha; Bolsonaro lidera

Luiz Alberto Gomes

Do UOL, em São Paulo

  • Nelson Almeida/AFP

    19.set.2018 - O candidato Haddad em campanha em São Miguel Paulista, na periferia de São Paulo

    19.set.2018 - O candidato Haddad em campanha em São Miguel Paulista, na periferia de São Paulo

O candidato à Presidência Fernando Haddad (PT) arrecadou R$ 520 mil em 15 dias de financiamento coletivo na internet. O petista é o terceiro presidenciável que passou da marca de R$ 500 mil com a vaquinha. Antes dele, apenas Jair Bolsonaro (PSL) e João Amoêdo (Novo) já tinham atingido este valor.

Segundo informações do site de doação até a tarde desta terça-feira (2), o valor de R$ 520 mil veio de 3.482 apoiadores. Na média, cada pessoa repassou R$ 149,35 e a campanha conseguiu R$ 34.666 mil por dia. Com o valor recebido nesse período, Haddad ultrapassou outros concorrentes que lançaram campanhas de financiamento antes, como Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Haddad foi oficializado candidato do PT apenas em 11 de setembroapós o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) barrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está preso desde abril em Curitiba condenado na Lava Jato por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O PT chegou a organizar uma vaquinha para Lula no início de junho e arrecadou R$ 598 mil, segundo dados do TSE. Porém, após a decisão da Justiça contra a candidatura do ex-presidente, o partido lançou um financiamento coletivo para Haddad em 18 de setembro.

A vaquinha para campanhas é uma novidade desta eleição e passou a ser permitida como mais uma forma de financiamento. Em 2015, o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu as doações de pessoas jurídicas, que eram a principal forma de custear campanhas.

Financiamento coletivo de outros candidatos

Apenas Bolsonaro e Amoêdo conseguiram arrecadar mais dinheiro com apoiadores na internet que Haddad. Os dois candidatos criticam o uso de dinheiro público na eleição e não utilizam verbas do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Assim, além da vaquinha, as doações de pessoas físicas e o autofinanciamento são as únicas duas formas dos candidatos bancarem suas campanhas.

Líder nas pesquisas eleitorais, Bolsonaro arrecadou R$ 2,6 milhões com 19.599 doadores desde o final de julho. Já Amoêdo, que participa de uma eleição pela primeira vez e fundou o Novo, conseguiu R$ 581 mil com 5.665 apoiadores.

Veja o ranking de financiamento dos candidatos:

Jair Bolsonaro (PSL) – R$ 2.601.402 – 19.599 doadores
João Amoêdo (Novo) - R$ 581.550 –  5.665 doadores
Fernando Haddad (PT) – R$ 520.061,49 – 3.480 doadores
Marina Silva (Rede) – R$ 462.420 – 3.671 doadores
Ciro Gomes (PDT) – R$ 347.998 – 3.886 doadores
Guilherme Boulos (PSOL) – R$ 117.717 – 1.506 doações
Alvaro Dias (Podemos) – R$ 25.857 – 149 doadores
João Goulart Filho (PPL) – R$ 2.960,00 – 13 doadores
Vera Lúcia (PSTU) – R$ 2.800 – 26 doadores

Geraldo Alckmin (PSDB) possui uma página de arrecadação, mas não informa o total recebido dos 330 doadores. Segundo assessoria da sua campanha, ele recebeu R$ 66 mil com financiamento coletivo. O site do Cabo Daciolo (Patriota) estava fora do ar e segundo informações da sua campanha ao TSE ele recebeu R$ 9.100 de doações. Essa foi a única receita declarada pelo candidato.

Henrique Meirelles (MDB) e José Maria Eymael (Democracia Cristã) não organizaram vaquinhas virtuais para esta eleição.

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